sábado, 26 de dezembro de 2009

O Profeta Hoje

Posted by Angelo Bazzo on 12:31 | No comments

Por John Maclauchlan

Na sociedade em geral, o termo "profeta" é altamente suspeito, e é freqüentemente associado na imaginação popular com ofícios ocultistas tais como adivinhos, quiromantes e necromantes. No outro extremo, o termo torna-se totalmente neutralizado quando é usado em referência a uma pessoa com boa capacidade de previsão: um comentarista político ou um prognosticador econômico.

No movimento carismático o profeta tornou-se um perpétuo anunciador de palavras inspiradas, alguém que exercita regularmente o carisma da profecia, ao mesmo tempo em que para a maior parte da igreja evangélica ele já se tornou extinto. De fato, haver profetas de Deus é postulado pela existência de um Deus que se expressa. Um Deus que não só fala à sua criação e às suas criaturas através de eventos materiais, mas que fala aos homens através de homens. Tal é a natureza inevitável de um Deus pessoal que fez a criação e os homens a fim de se expressar neles através deles. Na verdade, Deus chegou mesmo a declarar que suas ações nunca excederão à revelação profética dada por ele! (Am3:7). Se alguém argumentar que Deus tem falado plenamente e de modo conclusivo a nós pela encarnação do seu Filho, responderemos que o seu Filho ainda está falando (At.1:1), e que ele faz isto dando profetas à sua igreja (Ef.4:11).

O termo mais antigo para profeta é roeh, vidente, uma palavra também usada para visão profética. O termo posterior é nabi', aquele que fala, porta-voz, profeta. Nabi' vem de uma raiz que significa levantar-se, vir à luz ou inchar. É relacionada com a palavra para um ribeiro borbulhante e com verbo jorrar, esguichar abundantes sons e palavras (Pv18:4). Pode ter um sentido passivo, como de "alguém que se faz borbulhar com o Espírito de Deus,que é inspirado", mas é mais corretamente interpretado como tendo um sentido ativo e contínuo: "alguém que jorra as palavras de Deus", um divulgador divinamente inspirado, um anunciador, um porta-voz (Êx7:1; 4:16). Portanto, há um aspecto anterior, passivo e receptivo no profeta: ele vê. E há um aspecto ativo, comunicativo: ele fala. Ele não é uma boca meramente; ele tem revelação e percepção da parte de Deus, e é comissionado a comunicar e agir como porta-voz de Deus, compartilhando de um coração cheio de visão e revelação.

ELE VÊ

Conclui-se que o profeta terá um papel a desempenhar sempre que Deus estiver falando ou agindo. Através dele Deus expressa sua vontade, seus anseios e propósito. O profeta vê o que Deus está fazendo e dizendo antes de expressar e anunciá-lo (Am1:1).Deus desvenda o seu propósito ao profeta, pois sem tal revelação ele permaneceria encoberto (Am3:7). Este desvendamento não vem necessariamente por meio de uma palavra repentina que lhe "cai do céu", mas mais freqüentemente consiste de uma crescente percepção, um arraiar de revelação, pois o profeta está constantemente ouvindo a Deus com o coração e o ouvido de um discípulo (Is 50:4,5). Depois de ter visto e ouvido, é natural, ou melhor, inevitável, que ele fale, assim como é natural que o temor siga ao rugido do leão!(Am 3:8).

Como vidente, o profeta vê claramente e tem percepção até de eventos presentes (2 Rs 6:12). A sua preocupação o tempo todo é com a realização do propósito e desejos de Deus, e ele procura cumprimento e consumação. Ele compreende as coisas como estão, mas não as aceita sem mudança. Ele declara a palavra criativa e energética de Deus dentro da situação presente, e esta palavra torna-se evento ou acontecimento, mudando o que está ao seu redor. Portanto, uma prova da autenticidade do profeta é se sua palavra acontece,tornando-se realidade (Dt 18:22).

A personalidade do profeta se envolve muito na sua profecia. Seu temperamento, a vivacidade da sua imaginação,o tipo de imaginação que possui, seu treinamento mental e sua formação, todos têm um papel. Ele é um homem preparado por Deus desde o ventre da sua mãe, e tem sido guiado por um caminho formativo ordenado por Deus.

Desta forma Ezequiel expressa sua mais alta revelação em termos do templo tão bem conhecido por ele,e Amós usa figuras da sua vida de pastor de ovelhas. Isto não significa que a profecia seja sempre idêntica à opinião própria do profeta, conforme percebemos claramente na história do conselho que Natã deu a Davi (2 Sm 7:1-16). Primeiro ele deu conselho, mas este foi anulado pela palavra do Senhor. Mas, tendo em vista que o profeta é um homem que vive pela vontade de Deus, e que se permite encher e ser motivado pelos anseios e desejos de Deus é de esperar que ele experimente um nível cada vez mais alto de unanimidade com o seu mestre!

ELE DECLARA

O assunto do profeta corresponde com a sua percepção e carga: a vontade e o reino
de Deus. De fato, esta é a substância de toda a revelação de Deus ao seu povo. O profeta Moisés (Os 12:13) declarou a vontade de Deus para formar uma teocracia, e toda a profecia posterior está em harmonia com isso. De fato, um critério para julgar profecia é que qualquer profeta que afasta o povo da obediência a Deus é um profeta falso (Dt 13:1-3). O profeta anuncia a vontade e o alvo de Deus. Constantemente fala além das limitações do presente e declara o reino perfeito que será realizado através do Messias. A fim de que isto aconteça, ele declara o juízo vindouro, um juízo que começa agora na casa de Deus. Ele declara o "dia do Senhor", a perfeita revelação de Deus, envolvendo particularmente (e necessariamente) o juízo e a erradicação de todo o mal. Ele declara a "era vindoura" (Hb 6:5), mas também o seu efeito presente entre um povo atual que será um instrumento em liberar esta era vindoura. Ele mesmo freqüentemente libera os poderes desta era vindoura em sinais miraculosos que apontam para o reino de Deus (por exemplo, Moisés e Elias), mas seu verdadeiro anseio é para que o próprio povo de Deus torne-se, ele mesmo, o maior sinal (Is 8:18 ; Zc 3:8).

ELE PREDIZ

O profeta faz predições concretas, mas não é nenhum clarividente com a pretensão de ver adiante um futuro já predeterminado. Ele aceita que a vontade e o tempo de Deus são ambos reais, não ilusórios. Por estar cheio da vontade e dos desejos de Deus, ele declara esses desejos criativamente dentro da situação presente, mudando e moldando-a,e liberando a vontade de Deus para realmente acontecer. Desta forma, Daniel tomou a predição de restauração feita por Jeremias, respondeu a ela e pela oração trouxe-a ao seu cumprimento. Há ampla evidência que circunstâncias mudadas alteram uma direção de eventos anteriormente declarado (Jn 4:2).

Por serem a história e o tempo fatos reais o profeta reconhece que os obstáculos precisam ser removidos. Por isso ele arranca e derruba (Jr 1:10) para dar lugar à construção firmada daquilo que Deus quer. Essa função destrutiva é essencial para limpar todo o entulho e lixo dos séculos de falsos conceitos e idéias humanas, e para abrir o caminho para Deus fazer novas todas as coisas. Mais do que todos, o profeta sabe que o machado precisa ser posto à raiz das árvores, e que a igreja doentia e esfacelada por divisões precisa dar lugar à nova e pura criação de Deus.

O profeta fala usando conceitos comuns e ele mesmo e aos seus ouvintes. Assim “Sião” era o local geográfico para os judeus; agora, para a igreja, transcende localidade nacional. Se Sião significa a igreja manifestando o reino, os inimigos hereditários (Egito, Moabe, Edom, Assíria, etc.) significam os oponentes do povo de Deus, tanto espirituais como terrenos, e a guerra contra esses inimigos pode ser interpretada como uma expressão da confrontação da igreja com o mal ( Is 1:14). O princípio corporificado pela profecia é o central; somente os acontecimentos poderão revelar até que ponto seus detalhes são literais. A predição do Messias montado num jumento ( Zc 9:9) expressava a sua humildade, e não era necessariamente uma predição concreta até que Jesus a viveu na prática para expressar o princípio envolvido. O resto da profecia não foi cumprido literalmente, mas o princípio de toda ela é válido.

Portanto, os princípios da profecia são válidos para toda geração. O dia do Senhor
significava, numa época, juízo pelas mãos da Assíria, e significará juízo final. Nos dias da Reforma, identificava-se o anticristo com o Papa, depois mais recentemente com Hitler, mas será o homem do pecado dos tempos do fim. As manifestações destes princípios voltam a ocorrer repetidas vezes na história, mas o círculo da profecia se fechará com a consumação, a expressão completa desses princípios. O ingrediente ausente de permanência e consumação é integralmente ligado à ressurreição (Is 26:14-19), que por este motivo é também um tema central para o profeta. Ele vê que esta geração, a sua geração, pode completar a vontade de Deus ( 2 Pe 3:12) e prosseguindo, entrar na imortalidade.

ELE COMUNICA

O profeta tem um senso de história e um senso de destino. Ele tem sempre a
consciência de estar levando para frente algo que foi iniciado a muito tempo, de estar desenvolvendo algo já existente. Ao declarar o reino de Deus agora, ele é cônscio de ser um descendente direto daqueles que primeiro proclamaram este grandioso tema. Por causa do seu senso de história e de destino, que se combina com uma profunda história pessoal dos tratamentos de Deus, ele se torna singularmente capaz de comunicar um senso de história e de destino para o povo de Deus.

Num sentido, o próprio profeta personifica o propósito de Deus e deve se livrar de
interesses pré-estabelecidos sejam em termos do cumprimento das suas palavras ou em
termos de patriotismo e nacionalismo.

Sua única preocupação é a causa e o reino de Deus.

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Profeta Hoje - continuação

Posted by Angelo Bazzo on 23:30 | No comments

Por John Maclauchlan

DEUS ESTÁ RESTAURANDO

Deus agora está restaurando profetas para a igreja. As outrora escassas fileiras de homens que, através dos séculos, têm falado destemidamente do coração de Deus ao seu povo, estão aumentando. Como podemos reconhecer tais homens? Ou como alguém pode conhecer o chamado de Deus para si? Esta última pergunta se responde mais facilmente, pois envolverá uma comissão direta de Deus, ou uma comissão através de alguém que já esteja operando nesse ministério. Mas um artigo como este pode trazer o início de um comissionamento, por despertar uma percepção crescente do tratamento de Deus em certas maneiras e do desenvolvimento de certas características. E aqui as duas perguntas se fundem em uma só...

O papel profético envolve pensamento profundo (quer seja um homem de formação “acadêmica” como Paulo ou Ezequiel, quer seja “prático” como Amós), meditação e comunhão constante com Deus. Nisso não existe nenhuma implicação de espírito pesado (Jesus, o profeta por excelência, comungava incessantemente com seu Pai e ao mesmo
tempo apreciou a vida ao máximo), mas somente de realidade com Deus. Freqüentemente haverá estudo e tempos específicos de esperar em Deus. O profeta não é um dispensador de “mensagens inspiradas” provenientes de mente vazia. Ao contrário, sua vida inteira foi moldada por Deus a fim de poder expressá-lo.

Ele terá que passar por experiências profundas e pessoais à medida que sua vida é moldada e transformada. Estas experiências muitas vezes serão entre si e Deus somente e podem ser incompreendidas por aqueles ao seu redor. Através disso, ele desenvolverá uma nova perspectiva de tudo na vida, pois estará comungando com Deus através de todas as coisas. Eventos mundiais e corriqueiros e sua leitura tornam-se atividades em que Deus se comunica com ele, dando-lhe entendimento e perspectiva divinos. Ele desenvolve o que podemos chamar de “consciência profética”. Por ter ele elemento de vulnerabilidade(particularmente nos mais jovens), à medida que estas características se desenvolvem, ele fará bem em se relacionar de perto com alguém em quem veja uma expressão mais madura dessas qualidades, e se abrir e submeter sua vida a ele. Mais e mais ele “verá” e verá mais e mais.

À medida que vê, ele falará e começará a comunicar o peso do coração de Deus aos que estão ao seu redor. Por ver mais e mais claramente, ele introduzirá conceitos que serão novos parar os seus ouvintes, e começará a dar direção em situações diversas, pois, ele vê as coisas de modo diferente daquele que olha somente para o exterior. Mais e mais experimentará a direção do Espírito, e uma consciência que sua vida é orientada em todas as coisas por Deus.A paixão que o consome será a mesma do Espírito Santo (Jo 16:14): a liberação e expressão da glória de JesusCristo na igreja e através da terra.

HOMENS DO ESPÍRITO

O Espírito Santo e o profeta são inseparavelmente ligados. Profecia divina é sempre o resultado da inspiração do Espírito de Deus, não simplesmente a criatividade independente do espírito humano. O Espírito “vem sobre” um homem para que profetize (Nm 24:2), ou, de um modo mais forte, “cai sobre” ele (Ez 11:5). Alternativamente, a “mão do Senhor” pode vir sobre um homem ( 2 Rs 3:15) e resultar em profecia (Ez 1:3).
O Espírito pode revestir um homem como um véu ou veste (Jz 6:34), expressando-se através dele. Ele pode “repousar” sobre alguém, resultando em profecia (Nm 11:26,29). Esta experiência contínua é citada em outra passagem (Is 61:1), é notada particularmente em relação a Jesus (Jo 1:32,33), e é declarada ser nosso privilégio nele (1 Jo 2:27). Deus pode também “dar” (Nm 11:29) ou “derramar” (Jl 2:28) o seu Espírito em conexão com a liberação de profecia. O profeta, então, não é nada se não for um homem do Espírito, que experimenta e expressa a Deus. Sejam quais forem seus dons intelectuais (e Moisés, Ezequiel e Paulo demonstram grande força intelectual), seu dinamismo é o Espírito de Deus e as raízes da sua vida são lançadas profundamente nele.

Que Deus nos conceda profetas.

Que a igreja os reconheça e os ouça.

Que a igreja absorva o espírito profético e se encha com o testemunho de Jesus
(Ap 19:10).

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Profético?

Posted by Angelo Bazzo on 12:30 | No comments


"O 'profético' não é um homem. Não é nem mesmo um grupo de homens bons, mas é uma mensagem. Assim, o que o Senhor está querendo fazer nesses últimos dias não virá através do profeta ou do apóstolo. Será uma estrutura de corpo na igreja. Não devemos olhar para um só homem novamente. Nós matamos muitos homens bons transformando-os em super-estrelas. Não existirá outra oportunidade como esta. Seria um desastre não aproveitá-la. É a maior coisa que o Senhor tem oferecido a qualquer geração - ter um derramamento profético vindo do Senhor sobre um ministério coletivo."

- Paul Cain, 1990 -
- Extraído do livro: A História Que Não Foi Contada, John Walker

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Ministério do Profeta

Posted by Angelo Bazzo on 00:04 | No comments


Por Graham Perrins

O profeta é ministério fundamental para a igreja. Isto é verdade historicamente. Os primeiros apóstolos e profetas lançaram a base de tudo que se seguiu. Paulo mostra em Efésios que eles se encaixam ao lado de Jesus, a pedra angular (Ef 2:20). Como mordomos da graça de Deus ministraram a revelação do mistério de Cristo (Ef 3: 1-7). Sua importância na igreja primitiva é clara e subentendida.

Mas os profetas também são fundamentais para a vida sucessiva da igreja. Em Efésios 4:1 e 1Coríntios 12:28, Paulo mostra que são essenciais junto com outros ministérios para levar a igreja à maturidade. Consignar o profeta somente para a igreja primitiva é roubar a nossa geração dos dons que Deus ainda anseia nos dar. Cada geração precisa da contribuição do profeta para perceber a mente do Senhor,clarificar os alvos, impulsionar, dar visão, provocar, desafiar. Se abrirmos os braços para o profeta, teremos que dar adeus para o corriqueiro, o estereótipo, o inócuo. Teremos que estar preparados, em lugar disso, para sermos sacudidos e peneirados, para recebermos novas ênfases e novas direções. 

Apesar da sua importância, tem-se escrito pouco para encorajar e treinar tal ministério. Há pouco para ajudar-nos a compreender qual seria a sua relevância no contexto do século XX. Sem dúvida, há alguns prontos a imitar o chamado profético. O idealista político com seus sonhos de um paraíso humanístico, o estudante radical revirando irrelevâncias teológicas, o pregador moderno fornecendo modas religiosas. Todos esses assumem o manto, mas assenta-lhe mal.

Será que Deus nos deixou sem a palavra encarnada de forma viva e relevante para nós hoje? Não há quem possa trazer o dinamismo da vida do reino para agir sobre as rochas de incredulidade e superstição? Tem-se afirmado que os profetas desmamaram Israel da idolatria. Infelizmente, creio que não se pode dizer o mesmo da igreja. Falta-nos um longo caminho a percorrer. Apesar de tudo, não temos motivo para desânimo. Há uma crescente preocupação para ver este ministério estabelecido entre nós. Vozes estão se levantando.
Vozes que conclamam a igreja ao comprometimento total à vontade de Deus, não às tradições dos homens. Vozes que não pregam verdades de segunda mão, mas a palavra que nos levará maturidade como filhos de Deus. Vozes que apresentam a esperança da igreja e o juízo do mundo com um som definido, proclamando Jesus Cristo ressurreto e prestes a voltar.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Evangelho Segundo Deus (Epic)

Posted by Carolina Sotero on 07:45 | No comments




Ele colocou no coração do homem o anseio pela eternidade” Eclesiastes 3:11

Lançado no Brasil em 2007 pela Thomas Nelson como “O Evangelho Segundo Deus", o livro de John Eldredge, conta a história da humanidade como a grande epopéia inspiradora de todas as histórias já contadas pelos homens. Dividida em atos, como uma peça de teatro, a obra pega carona com filmes “sucesso de bilheterias” para explicar por quê suspiramos tanto por heróis e nos emocionamos tanto com finais felizes. A resposta é simples “se há sempre um herói nas histórias, é porque há um na sua!”

Sem nenhum enfado e com uma bela narrativa, Eldredge fala do inconsciente coletivo. Explica que a humanidade sempre criou e contou histórias para explicar suas dúvidas e expressar seus anseios. Mas não é mera coincidência as semelhanças dessas narrativas mitológicas que acompanham nossa história na Terra. Todos nós pertencemos à mesma história e por isso repetimos nas artes os resquícios que sobraram em nossa alma. Deus plantou no coração do homem desejos e dúvidas que o atrai instintivamente a ele.

A leitura do livro parece dá um zoom em todos os fatos históricos que o mundo já passou e, de longe, nos faz enxergar melhor o plano de Deus e como é importante estarmos inseridos nele. Trechos das obras de autores como C.S. Lewis, Frederick Buechner, J. R. Tolkien e Soren Kierkegaard trazem ainda mais base e inspiração à obra, que de tão leve pode ser lida em menos de uma semana. São 126 páginas com bons espaçamentos, páginas amareladas, muitos subtítulos e apenas 4 capítulos, ou seja, o ideal para leitores iniciantes e poucos conhecedores do evangelho.

“Todas essas histórias foram extraídas da História, da Realidade. Ouvimos seu eco a vida inteira. Um segredo escrito em nosso coração. Uma grande batalha para enfrentar e alguém para lutar por nós. Uma aventura, algo que exige tudo o que temos, algo para ser repartido com aqueles a quem amamos e de quem necessitamos. Há uma história da qual não podemos fugir. Há uma história escrita no coração humano.” (pg.21)


Essa é uma história que vale a pena ser lida e vivida.



O Evangelho Segundo Deus – a história que Deus quer contar e que você quer ouvir.
Título original: Epic
John Eldredge
Editora Thomas Nelson

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domingo, 8 de novembro de 2009

Três Momentos para o Plano de Deus

Posted by Angelo Bazzo on 12:28 | No comments


Acredito que todo cristão que vive, minimamente, acordado espiritualmente, nestes dias, tem percebido o desejo do Espírito de Deus em levar todo o corpo de Cristo à uma maturidade ainda não provada em nossa geração. E de fato, existe um clamor da parte de Deus em penetrar em nossas vidas um clamor para sairmos do estado de letargia espiritual e caminharmos rumo ao cumprimento do seu plano eterno.

Em toda história de Israel e em toda história da Igreja (que não são duas histórias, mas apenas uma) vemos o mesmo desejo sendo constantemente registrado. Vemos na Bíblia o Senhor dizendo: “Eu serei o Seu Deus e eles serão Meu povo”. Esse é o maior sonho de Deus sendo revelado nas Escrituras: ele quer um povo exclusivamente Seu. Não conheço nenhuma pessoa que ficaria contente em casar com alguém que não fosse exclusivamente seu. Perceba como a metáfora do casamento é muitas vezes citada nas Escrituras. E isso não é à toa.

 
Uma das mais belas está em Efésios 5.25-27 e nela podemos ver três momentos da obra de Deus na Terra que visa chegar neste fim glorioso: o de ter uma donzela santa e exclusivamente Dele! Efésios 5.25-27

Tempo 1 – versículo 25:
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela.”
Neste tempo vemos aquilo que Cristo fez na cruz. Ele se entregou por sua igreja, entregou seu espírito e no seu ultimo suspiro concedeu perdão e liberou a graça que expiou nossos pecados.



Tempo 2 – versículo 26:
“Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra”
Este é o tempo que vivemos hoje. Depois de se entregar na cruz, Cristo concedeu para sua noiva, ministros que por meio da Palavra lavam igreja e a santificam. Jesus orou: “santifica-os na verdade, a Tua palavra é a verdade” . Este é o tempo de sermos santificados pela palavra da verdade.



Tempo 3 - versículo 27:
“Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.”
Esse é o alvo do coração do Senhor Jesus, ele quer uma igreja gloriosa. Este termo “igreja gloriosa” faz parte do seu vocabulário? Eu acredito que Jesus deva falar nesse assunto todos os dias da mesma forma que uma pessoa apaixonada fala constantemente do objeto de seu amor.Concluimos destas coisas que: O propósito de Jesus morrer na cruz não foi somente salvar você (salvação individual). Mas foi, por meio de salvá-lo, colocá-lo inserido no seu povo que se tornará exclusivo dEle. Você pertence exclusivamente a Deus?


Jesus não vai voltar a qualquer momento, ele vai voltar para buscar uma igreja gloriosa. Mas infelizmente esta realidade não existe hoje e nenhuma desculpa “teológica- esfarrapada” pode mudar a situação. Por não ser a verdade de Cristo a palavra pregada hoje nos púlpitos não tem santificado a igreja. A única maneira de tudo isso mudar, ou seja, a única forma de nos tornamos igreja gloriosa, é por meio de um “lavar da Palavra”. Por isso, prepare-se, pois chegou a hora de purificar as águas que purificaram a noiva de Cristo. Ele tem zelo ardente por ver Seu plano ser efetivamente realizado e os meios para isso é o ministério da Palavra.
E em breve veremos, na Terra, verdadeiros profetas falando a verdade misturada com o fogo da paixão divina.


PREPARE-SE!

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Maravilhosa Antropofagia

Posted by Carolina Sotero on 16:35 | No comments

Quando Jesus resolveu falar pra pescadores analfabetos, em pleno cenário político imperial romano, que comida boa mesmo não era nem peixe assado, nem tâmaras secas, a confusão se deu. O que poderia ser melhor do que um peixinho assado na fogueirinha à beira mar? Ou tâmaras secas, com azeitonas e um bom vinho no palácio? O que o estômago de um bom ser vivente em pleno começo de século poderia desejar? Outra coisa bem melhor, era essa a opinião do divisor da história ocidental.

Pois bem, o filho de Deus, nesse momento não poupou palavras para dizer que – melhor que uma tapioca na Sé aos domingos e um founde de chocolate no Le founde aos sábados – é comer ele e beber ele mesmo. Que escândalo particular! Parece não ter sido à toa que muitos discípulos de Cristo, deram meio volta e foram procurar um “líder espiritual mais sensato”. Esse estava indo longe demais não é mesmo? Não. Ele só estava indo profundo demais.

É bem provável que muitos entenderam essa frase como antropofagia no sentido literal da coisa. E falar de antropofagia para judeus, que nem comem carne de porco, é a mesma coisa que dizer que o teto está caindo: todo mundo corre. Mas nesse caso, alguns poucos até que ficaram. De alguma forma entenderam esse enigma que muito clero eclesiástico das igrejas de hoje ainda nem entende.

Jesus estava era falando que o seu reino agora estava acessível. Agora Deus estava tão perto do homem quanto um prato de feijão com arroz. Da mesma forma que quando nos alimentamos a comida faz parte do nosso corpo – de nós mesmos – o filho de Deus estava dizendo que ele e nós poderíamos ser um só. Juntos, como carne e osso. Sua vida poderia ser unir a nossa, de forma que nossa energia vital estivesse ligada totalmente a ele. Essa comida especial (o próprio Jesus) seria então a fonte da vida que nunca acabaria. E esse prato divino era muitosimples. Segundo a gastronomia: pão e vinho, segundo a ciência: carne e sangue.

A partir daquele momento qualquer trabalhador, ou até mesmo um pobrezinho poderia se alimentar do próprio Deus. A frase “se alimentar de Deus” ainda parece escandaloso? Pois é, não tem jeito mesmo. Essa idéia de que Deus está disponível a todos os que crêem e que pode, como a comida morar dentro do ser humano, é por demais tumultuosa. É difícil da nossa cabeça entender e das morais aceitar. Mas é isso mesmo, está lá na Bíblia, no livro de João, capítulo 6.

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domingo, 13 de setembro de 2009

Letras e Pessoas

Posted by Carolina Sotero on 16:35 | No comments



(tela de Honoré Daumier)

Do que adianta as palavras
Se estiverem mortas e guardadas nos livros?
Do que adiantam as frases
Se só são encontradas nas bocas e não nas mãos?

Do que me adianta gastar sonhos em papel e caneta
Se para alguns, eles não passarão da noite passada?
‘Tudo realmente não passou de um sonho’, dirão

Leitores acordam após horas revirando páginas
Não esquecem os textos
Mas permanecem nas placas que dizia sobre o que ser feito

Enquanto pessoas lamentam suas ausências
Eles dormem mortos sobre letras vivas
Matam pela letra, morrem por ela
Mas não vivem por ninguém

Tristeza é ver teorias e idéias ocupando lugar de ações
E a culpa não é delas, idéias não têm culpa
E teorias não são pessoas


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sábado, 12 de setembro de 2009

Quando mudam as gerações

Posted by Carolina Sotero on 16:27 | No comments


Falar de tempo não é algo fácil. Muito menos de gente, que dirá gerações. O tempo é aquele enigma que a gente vive tentando entender e morre tentando explicar. É aquele andamento supervisionado das coisas – que parece estar sempre sendo controlado por Alguém – nos restando como única proposta a de acompanhá-lo.

Ah! E esse tal de tempo nos prega cada surpresa. As pessoas bem que sabem disso, sofrem com o tempo porque ele sempre traz mudanças. Certamente se esperarmos “um tempo” ele chegará com transformações e com companhias: as dores e os festejos.

E é exatamente nesse rasgo do relógio, quando o dia fala com noite, que as gerações são trocadas. É quando o rosto do trabalhador já cansado, pede uma rede para descansar. Querendo ver o resto da vida discorrer numa varandinha qualquer, o velho Pai percebe que o filho “até que tem jeito pra coisa”. Ás vezes o orgulho não deixa ver que o menino tem mais do que jeito, tem é disposição, tem vocação, tem energia.

Mas o Pai depois de tantas lutas é vencido pela humildade do amor e confessa, com sua saída, que o menino já é o dono desse tempo que vem chegando, se não já chegou.

(foto de Criz Queiroz)

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sábado, 1 de agosto de 2009

A Salvação de Hoje e de Amanhã - Reflexões sobre ser salvo diariamente

Posted by Angelo Bazzo on 12:26 | No comments

Olhando para minha vida hoje eu concluo que minha maior necessidade seja de salvação. Isso pode soar estranho para muitos cristãos, mas é uma verdade.Todos nós que confessamos que fomos salvos por Jesus Cristo, pelo menos os de confissão evangélica, como eu, temos comumente problemas em entender realmente o que significa "ser salvo".

Bom, falemos então sobre salvação. A salvação possui dois aspectos: o negativo e o positivo. O aspecto negativo - que não significa "ruim" - é o fato de sermos desligado do reino das trevas. Logo, nós não (e por isso negativo) pertencemos mais a este reino. É um aspecto de desligamento. O aspecto positivo é que agora nós pertencemos sim (e por isso positivo) ao Reino de Deus, somos transportados ao Reino da luz.

Temos em nossa mente que ser salvo é ser retirado de um estado, o que geralmente é chamado de "estado de condenação". Mas não percebemos que ser salvo, também, é ser colocado em outro estado, o de pertencer ao Reino de Deus. É nesse aspecto, neste ponto de pertencer ativamente do Reino de Deus, que temos tropeçado e desperdiçado grandes verdades.

No sentido de merecimento, não temos participação alguma na nossa salvação. Salvação, de fato, é algo que Deus faz, não nós. A Bíblia diz que somos salvos pela morte e pela vida de Jesus (Rm 5.1: Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida). Observe também os pontos positivos e negativos no versículo e nos fatos: morte e vida de Jesus. No passado, fomos reconciliados com Deus por meio da morte de Jesus Cristo, seu Filho, contudo, no futuro, seremos salvos por sua vida.

Quando é esse futuro?

Esse futuro do qual é falado em Romanos não é apenas o dia da volta de Jesus, mas sim todos os dias depois de sermos justificados pela sua morte. O dia de amanhã é o futuro, e precisamos entender que este dia será um dia de salvação, graças à vida de Jesus.

Santificação. Este é o nome que se dá a salvação que se desenvolve todos os dias, inclusive o de amanhã. Ela não acontece por causa da morte de Cristo, mas sim por causa da Vida de Cristo. Este é um dos maiores desafios que temos hoje: o de entender a maneira que Deus nos leva para um estilo de vida prático de uma pessoa verdadeiramente salva.

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domingo, 12 de julho de 2009

Idolatria Pós Moderna

Posted by Angelo Bazzo on 12:23 | No comments

“O problema é que, fora do contexto do fascínio da ressurreição, toda oração se torna um ato de idolatria pelo qual Deus é reduzido a algo que podemos usar para atingir nossos objetivos, por mais nobres e úteis que sejam eles...”
Eugene Peterson em "Viva a Ressurreição".

“Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.” Juizes 21.25.

Conheço um irmão que quando está pregando pergunta ao auditório se estes sabem qual é o primeiro mandamento. Quase todos respondem “amarás o Senhor teu Deus”, ou seja, quase sempre as pessoas erram.

O primeiro mandamento do Decálogo (dez mandamentos) é não ter outros deuses diante do Senhor (Êxodo 20.3), e foi exatamente este mandamento que os hebreus, tantas vezes, tiveram dificuldade de obedecer. Na verdade, eles foram levados em cativeiro para a Babilônia como juízo em relação à sua idolatria.

Idolatria é, simplesmente, adorar uma criatura ao invés do criador (Romanos 1.25). Existe muitos motivos que podem ser levantados como o motivo de Deus odiar tanto a idolatria. E eu gostaria de propor um motivo que estou pensando nesses dias.

Em Gênesis temos o registro da criação do homem e podemos ler que Deus ao criá-lo disse que “era muito bom”. Antes deste momento, tudo aquilo que Ele havia criado recebia um elogio de “bom”, somente o homem recebeu um acréscimo de “muito” bom. Creio que esse “muito” é aquilo que nos diferencia das demais criaturas de Deus. Somos a obra prima de Deus nesta Terra e ela nos foi dada para a dominarmos (dominar e destruir não são sinônimos).

Com isso em mente, eu gostaria de propor o pensamento de que “idolatria é desumanizar o homem”. Ou seja, quando nos prostramos a algo menor do que nós acabamos rebaixando nossa humanidade e igualando nossa existência a seres inanimados ou irracionais. Falando sobre idolatria, vemos o salmista dizendo “Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam” (Salmo 115).

Pior do que sermos rebaixados a meros objetos inanimados, existe o fato de que a idolatria rebaixa também ao próprio Deus. Em Êxodo vemos o povo pedindo para que Arão fizesse um deus para eles (como se faz um deus?). Então Arão faz um bezerro de ouro - objeto inanimado - e declara ao povo “isto é o teu deus que te tirou da terra do Egito” (Êxodo 32).

Deus odeia a idolatria porque ela é uma falsificação de sua verdadeira identidade, e não só isso, ela é a arma pela qual eu e você deixamos de ser verdadeiramente humanos e passamos a viver como meros objetos. Você conhece a expressão “mulher objeto”?

Idolatria é fazer um deus para nós mesmos. Blaise Pascal disse “Deus criou o homem à Sua imagem e este retribuiu o favor”. Será que em nossos dias com essa teologia de prosperidade não temos criados nossa própria versão pós-moderna do bezerro de ouro?

Eugene Peterson argumenta: “Idolatria é usar Deus em lugar de adorar a Deus”. Será que ao invés de nos encaixarmos nos planos de Deus temos orado para que Deus se encaixe em nossos planos? Será que não estamos vivendo uma nova versão de cativeiro babilônico em nossos dias?

Se tivermos liberdade para adorar a Deus da maneira que mais nos convêm, logo temos denominação para todos os gostos. Contudo, sempre pensei que a igreja serviria aos gostos de Deus e não o contrário. Sempre pensei que o povo de Deus tinha por objetivo agradá-lo ao invés de ser bajulado pela divindade.

Será que não podemos ser acusados de roubarmos a verdadeira identidade de Deus, ao mesmo tempo em que perdemos nossa própria identidade?

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Alguns Esclarecimentos

Posted by Angelo Bazzo on 10:13 | No comments

De maneira alguma, ao usar os nomes “Evangelho Profético” como título do blog, quero dizer que sou “possuidor” do evangelho verdadeiro. Nem o originador destes pensamentos, muito menos o primeiro a falar sobre o assunto.

Na verdade, meu primeiro contato com essa mentalidade aconteceu em uma aula de Harold Walker no Curso de Preparação Profética. Desde então me senti perseguido por esse chamado de buscar a restauração da palavra apostólica.

Quero que esta pregação deixe de ser uma promessa sobre aquilo que Deus irá fazer. Mas ainda não posso dizer que vejo o efeito da verdadeira revelação de Jesus em minha existência, nem na comunidade que me cerca e tão pouco a percebo ao redor do mundo. Não conheço todas as pessoas do mundo, mas não é difícil perceber que o verdadeiro evangelho é poderoso o suficiente para explodir de tal forma que nunca ficaria no anônimato.


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