quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A mensagem poderosa e misericordiosa de Romanos 1-8

Posted by Angelo Bazzo on 09:58 | No comments


Paulo escreve a carta para igreja de Roma a fim de mobilizar o apoio da igreja para sua missão à Espanha. Em Romanos 15,24 ele escreve: “Penso em fazê-lo quando em viagem à Espanha, pois espero que, de passagem, esteja convosco”. Ele jamais esteve em Roma e jamais se encontrou com a maioria desses cristãos. Assim, ele expõe seu evangelho para que eles o conhecessem nestes 16 capítulos.

Ora, se todos os missionários conhecessem a carta aos Romanos e pregassem a carta aos Romanos... E que todos nós que enviam missionários conhecessem a carta aos Romanos e a vivesse de modo que enviaríamos missionários da maneira como Paulo queria que fossem enviados e apoiados de Roma a Espanha. A mensagem poderosa e misericordiosa desta carta fará os americanos ricos se sujeitarem a um estilo de vida de tempo de guerra e despejar seus recursos na causa do Evangelho. E a mensagem poderosa e misericordiosa desta carta, nas bocas dos missionários que sofrem, destruirá os poderes das trevas e plantará a igreja de Cristo nos lugares mais difíceis.

O aspecto multicultural e global desta carta

Então, não é surpreendente quando se começa a ler esta carta que haja um aspecto multicultural e global nela. Em Romanos 1,5, Paulo nos diz que o propósito do apostolado: “É receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios”. É por essa razão que ele prega. É por isso que ele vai à Espanha. É por esse motivo que ele escreve esta carta: colocar em prática a fé em Jesus Cristo e a obediência que procede dela — entre todos os gentios!”. Romanos disserta sobre as nações — os grupos de povos que ainda não creem em Cristo. Os que não são justificados e ainda não foram santificados e, por conseguinte, não serão glorificados se não forem alcançados com o Evangelho.

Então, no versículo 14, ele nos fala de sua obrigação apostólica novamente: “Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes”. E para não pensarmos que ele deixou de fora os judeus, ele diz no versículo 16: “Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. Judeus, gregos e bárbaros, sábios e ignorantes! Em outras palavras, essa mensagem poderosa e misericordiosa da carta aos Romanos abre caminho pelas distinções nacionais, culturais e educacionais.

Isso é totalmente fundamental para tratarmos em nossa época pluralista — uma época muito parecida com o primeiro século quando a igreja de Cristo se expandiu muito rapidamente. O cristianismo não é uma religião tribal, mas exige fé e lealdade de toda tribo, língua, povo e nação. Jesus não é um deus dentre tantos deuses. Ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis e não há outro nome debaixo do céu pelo qual os homens devam ser salvos. A mensagem poderosa e misericordiosa de Romanos não é apenas uma forma de salvação dentre muitas outras. Ela é a forma de salvação, porque Jesus Cristo é o único Filho de Deus e Salvador.

Essa reivindicação sempre foi material de debate. E hoje ela é debatida especialmente na América, mesmo entre cristãos professos e, é claro, entre os muçulmanos e judeus. No Friday’s Star Tribune 1 houve outro artigo que rejeitou a necessidade de fé em Cristo. Uma comissão de bispos católicos e rabinos americanos publicou um documento chamado “Reflexão sobre o Pacto e Missão”. A tese principal, o autor disse, é esta: “Esforços para converter os judeus não são mais teologicamente aceitáveis... porque o povo judeu já é fiel ao pacto com Deus” (sexta-feira, 20 de setembro de 2002, p. A23). Expressando de outro modo, há uma forma de salvação para os judeus que rejeitam Cristo e há outra forma de salvação para os que creem, os que recebem Cristo.

Esta é uma afirmação falsa e angustiosa de bispos cristãos em vista do que Jesus disse: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3,36). Portanto, no que concerne aos gentios que aceitam Cristo e os judeus que o rejeitam, Jesus disse: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 8,11-12).

Assim, é inteiramente crucial que compreendamos as alegações universais da mensagem poderosa e misericordiosa de Romanos. Não estamos lidando aqui com uma opinião humana, ou filosofia humana ou um programa de progresso pessoal ou uma religião tribal ou algo paroquial e limitado. Estamos lidando com as novas verdadeiras que o único Deus interveio especialmente na história para salvar povos ao enviar seu único Filho para morrer pelos pecadores e ressuscitar. Rejeitar essas novas é perecer.

A tese da carta: Romanos 1,16-17

Portanto, Paulo afirma esse conceito em Romanos 1,16-17 e então explica e aplica esse conceito no restante da carta. “Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. 17 Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé’”. Primeiro, Paulo diz que sua mensagem — seu Evangelho — é poderoso e misericordioso para salvar: ele é o poder de Deus para salvação. E essa salvação é por meio da fé. O poder do Evangelho para salvar adentra nossas almas com a fé em Jesus Cristo.

Então, no versículo 17, ele explica porque o evangelho tem esse poder: “Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho”. O Evangelho tem o poder para salvar aqueles que confiam em Cristo porque ele revela a justiça de Deus. Qual o significado disso?

Romanos 1,18-3,20: Por que todos nós precisamos ser salvos?

Antes de ele explicar o que isso significa, Paulo analisa Romanos 1,18-3,19 para mostrar por que todos nós precisamos ser salvos. Você compreende o sumário de Paulo em Romanos 3,9: “Pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado”. E o versículo 19: “Que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável diante de Deus”. Portanto, todos nós somos pecadores. Todos nós estamos sob a ira de Deus (1,18). Não temos direitos que poderiam nos fazer aceitos por ele e o texto de Romanos 3,20 torna claro que jamais poderemos nos salvar e nos justificar: “Ninguém será justificado diante dele por obras da lei”. Somos pecadores. Estamos sob a ira de Deus santa e justa. E não podemos salvar ou justificar a nós mesmos por obras.

Romanos 3,21-31: Revelação da justiça de Deus pela fé em Jesus e suas implicações

Agora, Paulo retorna ao seu tema principal de Romanos 1,16-17 e explica que o evangelho é o poder de Deus para salvar os que creem pois ele revela a justiça de Deus pela fé. Ele declara nos versículos 21 e 22: “Mas agora, sem lei, manifestou-se a justiça de Deus [aqui ele capta o sentido da revelação da justiça de Deus no versículo 17] à parte da lei, embora, a lei e os profetas testemunhem desta justiça, 22 a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem”.

Desse modo, o que é revelador sobre a justiça de Deus que confere ao Evangelho seu poder e salva os que creem? É a manifestação da “justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo”. É a justiça de Deus revelada como um dom para nós, pela fé. É isso que chamamos justificação. Assim, Paulo diz no versículo 24 que os pecadores que confiam em Cristo Jesus “são justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. A revelação da justiça de Deus que torna o evangelho o poder de Deus para a salvação é a demonstração da graça da justiça de Deus para os pecadores que confiam em Cristo.

Romanos 3,25 explica como Deus pode justificar pecadores sem ser injusto: “A quem Deus propôs [Cristo], no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”. Em outras palavras, Deus ordenou a seu Filho morrer em nosso lugar para que a ira do Pai e maldição estivessem sobre ele e não sobre aqueles que creem. Dessa forma, manifesta seu ódio pelo pecado e seu tratamento justo para com ele. Por conseguinte, o versículo 26 declara que ele pode ser “justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.

Assim, a morte de Cristo é o fundamento de nossa justificação. Se crermos em Jesus, Deus nos considera justos em virtude de Jesus. Somos vistos e tratados como justos. Isso é justificação. E, no versículo 28, Paulo torna claro que essa posição diante de Deus não é por obras, mas pela fé: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”.

E aqui é preciso não perder a implicação multicultural, global e missionária do texto. Paulo extrai essa implicação dos versículos 29 e 30: “29 É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios [as nações]? Sim, também dos gentios, 30 visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso”. Justificação pela fé em Cristo é a mensagem poderosa e misericordiosamente global que temos para todas as nações, todos os grupos de povos e todas as pessoas que sempre encontraremos. Há um Salvador, uma cruz, uma ressurreição e uma forma de ser justo com o único Deus: tendo sua justiça imputada a nós mediante a fé em Cristo, não por obras.

Romanos 4: a justificação de Abraão pela fé à parte das obras

O capítulo 4 apresenta suas razões para a justificação mediante a fé à parte das obras ao usar Abraão como exemplo: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça” (versículo 3). Um dos versículos mais preciosos na carta é baseado no exemplo de Abraão (versículo 5): “Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça”. Não obra, mas fé é o que justifica. E não o justo, mas o ímpio é justificado. São as boas-novas de fato — essa é a mensagem poderosa e misericordiosa de Romanos.

Romanos 5: Esperança e segurança em face do sofrimento e morte

No capítulo 5, Paulo recapitula o tema da justificação pela fé no versículo 1: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. Então, ele revela a realidade do sofrimento e morte no capítulo 8. O versículo 3 do capítulo 5 nos diz porque podemos nos gloriar nas tribulações — elas levam à perseverança, experiência e esperança.

Então, no contexto dessa tribulação, ele argumenta exatamente da mesma forma que o faz no capítulo 8, partindo do argumento mais importante para o menos importante: se Deus pode fazer algo complexo, pode fazer algo simples. Recordemos que, em Romanos 8,32, ele afirma: “Aquele que não poupou seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas [as coisas simples]?”. É exatamente dessa maneira que Paulo argumenta em Romanos 5,9: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue [isto é algo complexo], seremos por ele salvos da ira [isto é algo complexo]”. O mesmo tipo de argumento ocorre no versículo 10: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho [isto é algo complexo], muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida [isto é algo simples]”.

A ideia é nossa esperança e segurança em face do sofrimento e da morte, exatamente da mesma forma que a ideia em Romanos 8. O cristianismo normal é tribulação. “Mediante muitas tribulações, importa-nos entrar no reino de Deus” (Atos 14.22). Não se esqueça de que a mensagem poderosa e misericordiosa de Romanos é proposta no contexto da expectativa de sofrimento.

A morte é uma grande realidade em todas as culturas. Se há um evangelho, é preciso haver alguma explanação da morte e alguma esperança em face da morte. É disso que Paulo trata em Romanos 5,12-21 e ele o faz por comparar Adão, cuja desobediência trouxe o pecado e a morte; com Cristo, cuja obediência trouxe justiça e vida. O versículo 19 afirma o contraste mais claramente: “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos”. O pecado de Adão e a condenação foram imputados a nós porque somos unidos a ele por nascimento; assim, a obediência e a justificação de Cristo foram imputadas a nós porque somos unidos a ele pela fé.

Em seguida, Paulo resume o triunfo da graça por meio de Cristo no versículo 21: “… como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça, pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”.

Romanos 6: União com Cristo é Morte para o Pecado e Libertação de Escravidão

Esse fato levou a um problema que deveria ser resolvido: se somos justificados realmente pela fé somente e onde abunda o pecado abunda ainda mais a graça, logo, por que não pecar para que a graça possa abundar? E Paulo responde a isso no capítulo 6 com o ensino que a fé nos une a Cristo de uma forma real, a fim de que nós, de fato, experimentemos com ele uma morte para o pecado e a libertação de sua escravidão (6,6;17-18). Todas as pessoas justificadas são santificadas.

Romanos 7: Mortos para a lei para que pertençamos a outro

Então, no capítulo 7, Paulo argumenta que não é uma orientação sobre a guarda da lei que nos santifica ou nos faz semelhantes a Jesus. Não, “vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus... Libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (7,4-6).

A vida cristã é vivida pelo dom gratuito e a busca sincera de uma relação com Jesus Cristo “para pertencerdes a outro!” (7,4). Cristo é o poder, a misericórdia, o modelo e o mandamento da vida cristã.

Romanos 8: Nada pode nos separar do amor de Cristo

Esta carta nos trouxe então, nessas semanas recentes, para Romanos 8 — o grande capítulo 8. Quem nos separará do amor de Cristo (versículo 35)? É possível perceber a conexão entre este texto e Romanos 7,4? Mortos para a lei de modo a pertencermos a outro — àquele que foi ressuscitado dentre os mortos, Jesus Cristo. Esse é o segredo para viver e o segredo para morrer. Quem nos separará então do amor de Cristo? Nada.

“Porque, se vivemos, para o Senhor, vivemos; se morremos, para o Senhor, morremos… Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos” (Romanos 14,8-9). Viva sob seu senhorio, morra sob seu senhorio. E sempre cante o invencível amor de Deus em Cristo.


1 Principal jornal do Estado de Minnesota.

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terça-feira, 25 de junho de 2013

O TABERNÁCULO DE DAVI

Posted by Angelo Bazzo on 08:02 | No comments

Em 750 a.C, Amós profetizou sobre a restauração do tabernáculo de Davi.

“Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e, levantando-o das suas ruínas, restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade” (Amós 9.11).

O tabernáculo de Davi fala do centro de governo da terra que opera a partir de um espírito de louvor e oração. Ele consiste tanto de uma ordem de adoração quanto de uma autoridade governamental. Possui uma expressão nacional em Israel e uma internacional através do corpo de Cristo.

O tabernáculo de Davi tem pelo menos sete expressões que estão profundamente interligadas:

  1. Espiritual – o corpo de Cristo na adoração proféticacomo em (1 Cr 16.1-4, 37).
     
  2. Política – O governo justo de Deus nas nações (Is 16.5).
     
  3. Messiânico – um remanescente com fé que está na terra e no Estado restaurados (Amós 9.14-15).
     
  4. Missional – impactando todas as nações com o evangelho do reino (Amós 9.12).
     
  5. Transformacional – graça para restaurar cidades e a agricultura (Amós 9.13-14).
     
  6. Sobrenatural – liberação do poder de Deus, da sua glória e seus milagres (Sl 145.11–12).
     
  7. Escatológica – Jesus recebido em Jerusalém como o Rei sobre todas as nações.


O tabernáculo de Davi é expresso através da igreja internacional em todas as tribos e línguas da terra. É expresso através do remanescente messiânico presente no Estado e na terra restaurada de Israel. Ele une três dimensões – a Igreja que ora, o movimento messiânico e o Estado de Israel.

Ele se manifesta em parte nesta era (à medida que cresce progressivamente e em plenitude no Milênio. A restauração total do tabernáculo de Davi vai acontecer somente depois que Jesus voltar para governar todas as nações a partir dotrono de Davi em Jerusalém.

Excerto de um artigo por Mike Bickle

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

O missionario - a vontade de Deus - a alegria

Posted by Angelo Bazzo on 09:20 | No comments



Deus é missional, ele concede vocações para cada pessoa, para que tal chamado seja desenvolvido em algum lugar. A este desenvolvimento vocacional em um território especifico eu chamou de "missões", colocando em outras palavras : fazer missões é cumprir a vontade de Deus para minha vida no lugar que por Deus foi designado. 

O missionario 
É um cristão que tendo recebido a convocação divina, agora tem todos os seus demais sonhos eclipsados pelo fogo do destino profético que o consome. Meu amigo Anderson Bomfim escreveu uma musica que diz : "dentro de mim a um chamado que me persegue". Ja o apostolo Paulo disse "ai de mim se não pregar o evangelho". Para mim o missionario é a constituição humana da punção vocacional sendo encarnada em um campo.

Alegria 
Se és missionario, logo és vivente da vontade de Deus. Em Romanos 12.1-3 aprendemos que a vontade de Deus é boa, perfeita, agradável. Alguns erroneamente afirmam que essa vontade é boa para Deus, mas não para nós, afirmando indiretamente assim que a vontade de Deus é algo ruim, e logo proclamando a blasfêmia que o Deus que criou tudo muito bom, tem uma vontade ruim para nós. A vontade de Deus é boa, não apenas para ele, mas para todos os que a experimentam. 

É fato que nossa alma muitas vezes se encontra no dilema de obedecer ou não a vontade de Deus, mas isso não acontece por ser tal vontade algo  essencialmente ruim, mas por ser nossa carne, enferma na insanidade de amar as trevas mais do que a luz. Mas de fato, se o filho de Deus, recebe confiança em seu Mestre para obedece-lo, verá que o processo de viver a vontade de Deus, ainda que possa envolver dor do quebrantamento, também é plena de satisfação na presença de Deus, presença essa encontramos plenitude de alegria. 

Por isso, para mim, todo e qualquer apelo para fazermos a vontade de Deus, principalmente quando falamos de missões,poderá constituir-se de um erro se isso for feito com base na afirmação  de que fazer a vontade de Deus é ruim. Tão ruim que ninguém quer fazer,apenas alguns heróis. Devemos convocar pessoas para servirem no campo pois nesse ambiente somos totalmente completos em Deus e não por ser um dever. 

Sim missões é nosso dever, mas o senso de dever não nos faz permanecer muito tempo em uma posição. A única coisa que faz alguém ficar firme como uma estaca bem fincada no chão de um povo é a alegria de servir a Deus. 

Dessa forma, fazer missões deixa de ser apenas um dever. E nosso dever passa a ser a alegria em fazer missões. Dessa forma, o missionario, é a pessoa mais feliz do mundo, pois experimenta a vontade de Deus. Dessa forma forçar a barra com apelos missionários  emotivos e condenatórios, não se constitui a forma certa de procedermos em relação a missões e a vontade de Deus. 

Missões é a alegria de fazermos a vontade de Deus em um lugar no qual Deus nos enviou. 

Salmos 100:2
Servi ao SENHOR com alegria...

Colessenses 1:24-25
 Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus:

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

4 Falsos Evangelhos: Cuidado!

Posted by Angelo Bazzo on 07:07 | No comments

O que É o Evangelho?

O evangelho são as boas novas acerca do Jesus Cristo fez para reconciliar pecadores com Deus. Aqui está a história toda:

  1. O Deus único, que é santo, nos criou à sua imagem para que o conhecêssemos (Gn 1.26-28).
  2. Todavia, nós pecamos e nos separamos desse Deus (Gn 3; Rm 3.23).
  3. Em seu grande amor, Deus enviou o seu Filho Jesus para vir como rei e resgatar o seu povo dos seus inimigos – sobretudo do próprio pecado (Sl 2; Lc 1.67-69).
  4. Jesus estabeleceu o seu reino ao atuar, de uma só vez, como um sacerdote mediador e um sacrifício sacerdotal – ele viveu uma vida perfeita e morreu na cruz, assim cumprindo ele mesmo a lei e tomando sobre si a punição devida ao pecado de muitos (Mc 10.45; Jo 1.14; Hb 7.26; Rm 3.21-26; 5.12-21).
  5. Ele agora nos chama ao arrependimento dos nossos pecados e à fé em Cristo somente, para o nosso perdão (At 17.30; Jo 1.12). Se nos arrependermos  e confiarmos em Cristo, nascemos de novo para uma nova vida, uma vida eterna com Deus (Jo 3.16).

Então, essas são boas novas.

Uma boa maneira de resumir essas boas novas é descortinar biblicamente as palavras Deus, homem, Cristo, resposta.

  1. Deus. Deus é o criador de todas as coisas (Gn 1.1). Ele é perfeitamente santo, digno de toda adoração, e há de punir o pecado (1Jo 1.5; Ap 4.11; Rm 2.5-8).
  2. Homem. Todas as pessoas, embora criadas boas, tornaram-se pecaminosas por natureza (Gn 1.26-28; Sl 51.5; Rm 3.23). Desde o nascimento, todas as pessoas estão separadas de Deus, são hostis a Deus e estão debaixo da ira de Deus (Ef 2.1-3).
  3. Cristo. Jesus Cristo, que é plenamente Deus e plenamente homem, viveu uma vida sem pecado, morreu na cruz para suportar a ira de Deus em lugar de todos aqueles que haveriam de crer nele, e ressuscitou do sepulcro para dar vida eterna ao seu povo (Jo 1.1; 1Tm 2.5; Hb 7.26; Rm 3.21-26; 2Co 5.21; 1Co 15.20-22).
  4. Resposta. Deus chama todos os homens, em todos os lugares, para que se arrependam de seus pecados e creiam em Cristo a fim de serem salvos (Mc 1.15; At 20.21; Rm 10.9-10).

(Parte deste material foi adaptado de O Evangelho e a Evangelização, de Mark Dever, p. 55, publicado pela Editora Fiel)

Quais São Algumas das Mensagens que as Pessoas Falsamente Chamam de “O Evangelho”?

  1. Deus quer nos tornar ricos. Alguns pregadores atualmente dizem que as boas novas são que Deus deseja nos abençoar com abundância de dinheiro e possessões – e tudo o que nós precisamos fazer é pedir! Mas o evangelho é uma mensagem sobre bênçãos espirituais (Ef 1.3): Deus enviou Jesus Cristo para morrer e ressuscitar por nós, a fim de nos justificar, reconciliar com Deus e nos dar vida eterna com Deus (Rm 3.25-26; 6.23; 2Co 5.18-21). Além disso, a Bíblia promete que os cristãos não terão prosperidade material nesta vida, mas tribulação (At 14.22), perseguição (2Tm 3.12) e sofrimento (Rm 8.17), sendo que um dia todas essas coisas darão lugar a uma glória indizível (2Co 4.17; Rm 8.18).
  2. Deus é amor e tudo está bem conosco. Algumas pessoas pensam que o evangelho significa que Deus nos ama e nos aceita exatamente como somos. Mas o evangelho bíblico confronta as pessoas como pecadores que enfrentarão a ira de Deus (Rm 3.23; Jo 3.36) e então mostra-lhes a solução radical de Deus: a morte de Jesus na cruz, pela qual ele carregou os pecados do povo de Deus. Este evangelho chama as pessoas a uma resposta igualmente radical: a se arrependerem de seus pecados e crer em Cristo para a salvação.
  3. Nós devemos viver corretamente. O evangelho não é uma mensagem que nos ensina a viver uma vida melhor e, assim, nos tornar justos diante de Deus. Na verdade, o evangelho nos ensina exatamente o oposto: nós não podemos fazer o que agrada a Deus e nós jamais poderemos nos tornar aceitáveis a ele (Rm 8.5-8). Mas as boas novas são que Jesus fez por nós o que jamais poderíamos fazer por nós mesmos: ao viver uma vida perfeita e suportar a ira de Deus na cruz, ele assegurou a salvação de todos aqueles que dão as costas para o seu pecado e creem nele (Rm 5.6-11; 8.31-34).
  4. Jesus veio transformar a sociedade. Algumas pessoas acreditam que a missão de Jesus era transformar a sociedade e fazer justiça ao oprimido por meio de uma revolução política. Mas a Bíblia ensina que este mundo só se tornará justo quando Jesus vier novamente trazendo novos céus e nova terra (2Ts 2.9-10; Ap 21.1-5). O evangelho é, fundamentalmente, uma mensagem sobre a salvação da ira de Deus por meio da fé em Cristo, não a transformação da sociedade nesta era presente.

(Parte deste material foi adaptado de Nove Marcas de Uma Igreja Saudável, de Mark Dever, p. 82-102,  publicado pela Editora Fiel)

 

Extraído do site www.9marks.org. Copyright © 2013 9Marks. Usado com Permissão. Original: What is the gospel? e What are some messages that people falsely claim are the gospel?

Tradução: Vinícius Silva Pimentel – Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website:www.MinisterioFiel.com.br /www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: 4 Falsos Evangelhos: Cuidado!

Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

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terça-feira, 11 de junho de 2013

Interpretação Literal da Profecias sobre o Fim dos Tempos

Posted by Angelo Bazzo on 12:53 | No comments

Interpretação Literal das Profecias sobre o Fim dos Tempos

As profecias do Fim dos Tempos estão ligadas a Israel, porque Yeshua voltará para lá. Ao longo dos últimos 2 mil anos, a nação de Israel tem sido destruída e o povo disperso. Durante esse tempo, parecia difícil entender o sentido literal dessas profecias. Muitas interpretações “celestiais” eram apenas místicas e alegóricas e separadas das realidades históricas e terrenas.

Porém, agora que o povo judeu foi reunido e a nação restaurada, um cumprimento literal e físico dessas profecias está se tornando aparente e óbvio. Yeshua vai voltar, as nações vão atacar Israel, os mortos ressuscitarão, os santos serão arrebatados, o reino estabelecido em Jerusalém e o Éden restaurado na terra.

Algumas pessoas entendiam as profecias assim (literalmente). Aqui está uma citação do famoso físico Sir Isaac Newton (1642 – 1747): “Sobre os tempos do Fim, um grupo de homens será levantado que voltará sua atenção para as profecias, e insistirão em sua interpretação literal, em meio a muito clamor e oposição.”

Sim, tudo isso irá de fato acontecer. E aqueles que ousam acreditar nisso e declará-lo certamente enfrentarão controvérsias e oposição. Pelo menos Sir Isaac Newton pensava assim.

Com Holly Wallace

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mais que um Sionista

Posted by Angelo Bazzo on 11:39 | 1 comment

Mais que um Sionista

Yeshua era um sionista? Não, ele não era um sionista; ele era mais do que isso. Aqui estão três dimensões a respeito do que é ser “mais” que um sionista:

I. Reino ou Estado?
Quando Yeshua ressuscitou dos mortos, ele passou 40 dias ensinando sobre a vinda do Reino de Deus (Atos 1.3). Seus discípulos entenderam que isso significava "a restauração do reino a Israel" (Atos 1.6). E, mesmo tendo corrigido os discípulos quanto à compreensão que tinham dos tempos e épocas, Yeshua afirmou que de fato, no fim, ele restauraria o reino a Israel (Atos 1.7).

A visão de Herzl e Ben Gurion era a de ter um Estado Judaico. Nós concordamos com isso. Contudo, Yeshua está propondo um reino. Um reino é mais que um estado, assim como a posição de um rei é maior que a de um primeiro-ministro. Yeshua está voltando para ser o Rei dos reis, não apenas um chefe de estado.

II. A Glória Shekinah
A que “reino” Yeshua e seus discípulos estavam se referindo quando falavam de sua “restauração”? O único que poderia ser “re”staurado: o reino de Davi e Salomão. Nesse reino, a nuvem de glória encheu o Templo (2 Crônicas 5) e o fogo caiu sobre o altar (2 Crônicas 7). Entretanto, no reino de Yeshua, a presença do Espírito Santo e o fogo da glória habitam dentro dos próprios discípulos, e não no templo(Atos 2.1-4).

O que é maior: a Glória de Deus habitando no Templo ou nas Pessoas? Obviamente, nas pessoas. A palavraShekinah significa “habitar dentro”. 

III. Todas as Nações
Quando os discípulos de Yeshua lhe pediram que restaurasse o reino, ele os enviou para serem testemunhas dele e do seu reino “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Na realidade, ele expandiu as fronteiras de Israel, para incluir não apenas os dois lados do Jordão (o que, nos dias de hoje, seria bem “politicamente incorreto”), mas todo o território até a Califórnia e o Japão – até os confins da terra. Fazendo isso, ele cumpriu as profecias de Isaías sobre Israel ser uma “luz para os gentios” (Isaías 42.6; 49.6).

O reino de Yeshua é para todos os povos (Isaías 9.6,7; 56.7). Esse não é apenas um estado sionista ou nem mesmo um reino israelense. É uma comunidade mundial de países (commonwealth) ou império sob o governo de Yeshua o Messias (ta-ta-ta-ta… tataraneto de Davi e Salomão).

Asher Intrater

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domingo, 7 de abril de 2013

Por Que Tribulação?

Posted by Angelo Bazzo on 14:25 | No comments



Haverá um aumento de tribulação no final dos tempos. Não é que Deus deseja que tenhamos dificuldades; porém, há motivos pelos quais essas batalhas espirituais “precisam” acontecer.

Apocalipse 1.1 – “coisas que em breve devem acontecer”
Apocalipse 4.1 – “o que deve acontecer depois destas coisas”
Apocalipse 22.6 – “coisas que em breve devem acontecer”

As tribulações necessárias incluem até mesmo o governo da besta (17.10) e a liberação de forças satânicas (20.3). Assim como as pragas do Egito foram uma parte essencial da salvação de Israel, da mesma forma precisa haver pragas no final dos tempos antes da Segunda Vinda. Os rabinos dizem que “a última redenção (Messias – o Fim dos Tempos) será como a primeira redenção (Moisés – o Êxodo)”.

Há cinco razões por que as tribulações “precisam” acontecer:

1. Para persuadir as pessoas a se arrependerem

O juízo final está para acontecer. Deus quer fazer de tudo para que as pessoas se arrependam antes de serem julgadas. O propósito da tribulação é arrependimento. Mesmo assim, a maioria das pessoas não vai se arrepender.

Apocalipse 9.20 – “Os outros homens… não se arrependeram”
Apocalipse 9.21 – “… nem ainda se arrependeram”
Apocalipse 16.9 – “… e nem se arrependeram”
Apocalipse 16.11 – “… e não se arrependeram”

Embora a maioria dos ímpios não se arrependerá, alguns irão.

2. Para provar a justiça de Deus

Quando os cristãos virem os juízos, se tornarão mais convencidos da integridade da justiça de Deus. Irromperão em músicas de adoração, louvando a Deus, não apenas por sua misericórdia, mas também por seus juízos.

Apocalipse 15.3-4 – “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos... porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.”

Como o juízo final está se aproximando, todo o bem e o mal devem ser expostos. Ao mesmo tempo em que o ímpio se tornará cada vez mais resistente, o justo será mais e mais arrependido.

3. Para punir o mal

Recompensar a retidão e punir o mal são fundamentais para a justiça. Recompensar a retidão não é o bastante; Deus quer punir o mal. As pragas fazem parte dessa justiça.

Êxodo 12.12 – “Executarei juízo sobre todos os deuses do Egito.”

Deus poderia ter tirado os israelitas do Egito sem as pragas, mas ele queria não apenas salvar os inocentes, mas também punir os ímpios. Seu juízo incluiu a destruição do poder dos deuses demoníacos que os egípcios adoravam.

4. Por causa do pânico do diabo

Muitas das tribulações no final dos tempos serão ataques do diabo. Isso também é um sinal da nossa vitória. O diabo está bravo e assustado. Ele sabe que tem pouco tempo e que está perdendo a batalha.

Apocalipse 12.12 – “O diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.”

A ira de Satanás é um sinal de seu pânico. Satanás está perdendo. Estamos vencendo-o pelo sangue do Cordeiro (Apocalipse 12.10).

5. Para purificar a nossa fé

Quando a nossa fé se mantém firme em meio a provações e testes, ela se fortalece ainda mais. Nosso caráter e integridade crescem.

Apocalipse 1.9 – “... vosso companheiro na tribulação, no reino e na perseverança”
Apocalipse 13.10 – “aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos”
Apocalipse 14.12 – “aqui está a perseverança dos santos”

As tribulações no fim dos tempos serão como uma fornalha ardente. Se permanecermos fiéis, nossa paciência e perseverança crescerão. Nossa fé será refinada como o ouro.

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terça-feira, 26 de março de 2013

A Igreja é lugar para fracos

Posted by Angelo Bazzo on 06:02 | No comments

“A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas… Porque quando estou fraco, então, sou forte” (2 Co 12.9,10).
Às vezes, temos a impressão de que a conversão e o batismo no Espírito Santo nos tornam fortes. Pensamos que nossas fraquezas e vulnerabilidades humanas são eliminadas pelo poder do Espírito. Mas isso não é verdade.

O ambiente mais propício para o Espírito Santo operar é aquele em que o homem admite sua fraqueza e inutilidade. É possível ser tremendamente usado por Deus e, no mesmo instante ou logo após, sentir-se extremamente frágil e sem forças. Não há nenhuma contradição nessa situação, porque o “meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.

Olhemos por um instante para a condição dos apóstolos antes de serem batizados no Espírito, durante os anos em que andaram com Jesus e foram enviados por ele, de dois em dois, para curar os enfermos, expulsar os demônios e ressuscitar os mortos (Mt 10.1,8). Apesar de serem usados por Deus com tanto poder e autoridade, descobrimos depois que ainda não eram nem convertidos! No fim, Jesus disse a Pedro: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos” (Lc 22.31,32).

O senso comum nos faz pensar que há uma progressão de maturidade na vida cristã e, somente quando atingirmos alguns dos níveis mais avançados, poderemos ter o tipo de poder que os discípulos tinham antes de se converterem. Mas Deus gosta de contrariar nosso senso de lógica humana.

Depois que os apóstolos foram batizados no Espírito, vemos uma mudança notável em todo o seu comportamento e maneira de ser. Ao invés de serem os caipiras medrosos, covardes, incrédulos, ambiciosos e tapados que vemos durante todo o período do ministério de Jesus, agora são corajosos, cheios de fé e compreensão dos mistérios de Deus, e enfrentam os líderes máximos da nação sem o menor sinal de hesitação ou temor.

Com certeza, o derramamento do Espírito muda a natureza humana e torna possível manifestar a vida divina como Jesus a manifestava quando estava aqui. Dito isso, porém, somos obrigados, através da leitura de Atos e das epístolas de Paulo, a admitir que a fraqueza humana não foi eliminada pelo batismo no Espírito. O mesmo homem, cuja sombra curava os doentes e cuja palavra fulminou Ananias e Safira, se mostra pusilânime ao extremo diante de preconceitos sociais. Apesar de não ter nenhum problema de consciência em comer com os irmãos gentios, Pedro se afastou deles quando chegaram alguns irmãos importantes de Jerusalém, e Paulo, um ministério muito mais novo que ele, teve que repreendê-lo por sua incoerência (Gl 2.11-14).
A igreja primitiva, em toda a sua glória e beleza, ainda manifestava as limitações e fraquezas humanas. Havia murmuração das viúvas helenistas porque estavam sendo esquecidas nas distribuições diárias, certamente por causa de algum preconceito étnico. Havia muitas coisas que os apóstolos não entendiam claramente e tinham que seguir em frente, tropeçando e cambaleando, seguindo a direção do Espírito. Isso não deve nos desanimar. Pelo contrário, deve nos encorajar a ir além, sabendo que Deus gosta de conceder o seu poder a vasos fracos e incompetentes.

Por outro lado, isso deve nos trazer um alerta bem forte: aquele que pensa que está em pé, tome cuidado para que não caia. Quem se sente forte não precisa orar, não precisa se cercar de irmãos e amigos para acompanhar seus passos e se intrometer em sua vida. São somente os fracos que precisam tomar esses cuidados.

A igreja gloriosa não será uma igreja sem fraqueza humana, sem vulnerabilidades expostas, sem limitações ou dúvidas. De forma alguma. Será, isso sim, composta por um povo no qual todos se sentem fracos e necessitados, verdadeiramente pobres de espírito, e que, justamente por causa disso, vivem em oração e em interdependência. Será uma comunidade em que todos se sentem responsáveis uns pelos outros e todos dão o direito aos outros de os repreenderem na medida em que isso se fizer necessário.

Deus vai envergonhar Satanás cabalmente através de um povo que não só é fraco, mas sabe que é fraco. O seu poder e a sua glória serão aperfeiçoados no meio da nossa fraqueza. A força que nos levará à vitória não será pelo fato de termos um tanque enorme de combustível, e sim por que, apesar de termos um tanque minúsculo, temos acesso constante a um imenso reservatório celestial. Se quisermos fazer parte daquilo que Deus pretende fazer nesses últimos dias, precisamos aprender logo essa lição.

A igreja não é lugar para fortes! Somente os fracos podem sobreviver nela. “Ele dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão. Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão”(Is 40.29-31).
Harold Walker
Fonte - http://www.revistaimpacto.com.br/a-igreja-e-lugar-para-fracos

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quarta-feira, 20 de março de 2013

D.A Carson - Deus não precisa de você

Posted by Angelo Bazzo on 12:18 | No comments


Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse.” (Atos 17.24-25)



Isso não é extraordinário? Deus não precisa de você. Ele certamente não precisa de mim. Ele não precisa de nossos grupos de louvor! Não é como se Deus chegasse à quinta-feira à tarde e comece a dizer: “Nossa, mal posso esperar até o domingo para eles arrasarem com as guitarras novamente! Estou me sentindo muito sozinho. Preciso de uma agitação aqui em cima.” Ele não precisa de nossa adoração. Ele não precisa de nosso dinheiro! Ele não precisa de nós! Não precisa de nada!
Na eternidade passada, antes que houvesse qualquer coisa, Deus era. E ele era inteiramente cheio de alegria e contentamento. E mesmo lá, ele já era um Deus de amor, pois, nas complexidades da unicidade de Deus, em categorias que veremos nesta série, o Pai amava o Filho! Chegarei a estas categorias. Havia uma alteridade dentro do próprio Deus! Ele não nos criou porque estava solitário e pensou: “Sabe, meu trabalho como Deus, seria um pouco mais palatável se eu fizesse um ou dois pra carregar minha imagem, que me bajulem de vez em quando.” Ele não precisa de nós.
Mas não me entenda mal. Isso não significa que ele não reage a nós. Que ele não se deleite em nós, que não se desagrade de nós. Não significa nada disso. Ele reage sim a nós. Mas ele reage não por causa de alguma necessidade intrínseca em seu próprio ser ou caráter. Mas ele responde a partir sua inteira volição de suas perfeições e vontade Não porque ele não prevê o futuro. Não porque ele deixou as coisas saírem do controle. Não porque abandonou sua soberania. Não porque ele não é soberano. Não porque ele tem um problema psicológico. Não porque ele precisa de alguma coisa. Mas por causa das perfeições de tudo o que ele é, características e atributos; ele responde sempre de acordo com seus atributos. O tempo todo. Ele nunca é menos que Deus.
Você consegue imaginar o quão difícil foi para Paulo conseguir apontar a cruz para um punhado de acadêmicos sofisticados cuja inteira noção de religião se baseava em “uma mão lava a outra”? E então, para ficar ainda mais complicado, Paulo adiciona outra linha: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais.” Nós precisamos dele.
Isso também vem de Gênesis 1, 2 e 3. Vida, fôlego e tudo mais. Quando o Senhor Jesus estava vivo no início do primeiro século, ele ensinou que nenhum pardal cai do céu sem a autorização de Deus. Até mesmo os cabelos de sua cabeça são contados. Isso significa, em meu caso, que Deus está fazendo uma contagem muito rápida. E ele conhece todos. Até os que desaparecem. E toda vez que respiro, é com sua autorização. Paulo nos lembra. Precisamos dele para a vida, a respiração e tudo mais. Para comida. Para saúde. Eu sou uma criatura completamente dependente. Não sou o Criador.
Agora, como você terá um relacionamento com um Deus assim? Ele não é apenas um vovô molenga, e não é distante. Ele é tão soberano quanto os deístas querem, mas é muito mais pessoal. E ele não tem nenhuma necessidade. Você não tem nada para barganhar. De fato, a única razão pela qual você ainda está vivo é por causa de sua permissão. Semana passada, um de meus amigos que leciona em um seminário em Dallas, um bom homem, professor de Novo Testamento. Já escreveu livros importantes. Tem três filhos. Um é missionário na Sibéria, um é missionário na Rússia, e o outro é missionário no Afeganistão. Tinha saído para se exercitar. Chegou em casa, deitou-se e morreu. Não havia nada que ele pudesse fazer a respeito. Se seu coração continua batendo, é porque Deus permite. Se ele alguma vez disser: “Tolo, esta noite te pedirão sua alma,” você morre. Ou se ele disser: “Venha para casa, meu filho. Agora é a hora. Seu trabalho terminou,” você vai.
Como barganhar com um Deus assim? “Deus, eu… eu te dou 10%!” Ele é seu dono! Ele é dono da sua vida! Ele é dono do planeta inteiro! O que isso significa? “Senhor, vou me tornar missionário. Isso fará de mim uma pessoa melhor?” “Vou me tornar diácono na igreja.” Não, não. Há apenas uma maneira de ter um relacionamento com esse tipo de Deus. Se ele demonstrar graça soberana. Porque ele não deve nada a você. Você e eu somos rebeldes. E não temos nada para barganhar.

Fonte - voltemosaoevangelho.com.br 

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