Falar de tempo não é algo fácil. Muito menos de gente, que dirá gerações. O tempo é aquele enigma que a gente vive tentando entender e morre tentando explicar. É aquele andamento supervisionado das coisas – que parece estar sempre sendo controlado por Alguém – nos restando como única proposta a de acompanhá-lo.
Ah! E esse tal de tempo nos prega cada surpresa. As pessoas bem que sabem disso, sofrem com o tempo porque ele sempre traz mudanças. Certamente se esperarmos “um tempo” ele chegará com transformações e com companhias: as dores e os festejos.
E é exatamente nesse rasgo do relógio, quando o dia fala com noite, que as gerações são trocadas. É quando o rosto do trabalhador já cansado, pede uma rede para descansar. Querendo ver o resto da vida discorrer numa varandinha qualquer, o velho Pai percebe que o filho “até que tem jeito pra coisa”. Ás vezes o orgulho não deixa ver que o menino tem mais do que jeito, tem é disposição, tem vocação, tem energia.
(foto de Criz Queiroz)
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