segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Segredo de John Hyde

Posted by Angelo Bazzo on 14:02 | No comments


Meu pai era um pastor presbiteriano, e minha mãe, uma cristã muito dedicada com uma linda voz consagrada ao Senhor. Quando jovem, decidi que seria um missionário, um missionário que se sobressaísse. Eu queria brilhar como missionário extraordinário. Terminei meu curso universitário e me saí muito bem. Formei-me e me senti um tanto orgulhoso do título “bacharel” que agora constava depois do meu nome.



 Estava determinado a dominar os idiomas indianos que teria de aprender; pois não queria que nada, absolutamente, servisse de empecilho para que eu me tornasse um grande missionário. Era essa minha ambição. Talvez não fosse um desejo totalmente carnal, mas em grande parte era. Eu amava o Senhor e queria servi-lo – e servi-lo de forma extraordinária –, no entanto meu ego estava na raiz da minha ambição.



 Meu pai tinha um grande amigo, um colega pastor, cujo imenso desejo de ser missionário nunca fora realizado. Ele tinha grande interesse em mim e estava encantado que o filho do seu grande amigo tinha planos de ir à Índia como missionário. Ele me amava, e eu também o amava e admirava.



 No dia em que subi a bordo do navio em Nova York, para empreender a missão da minha vida na Índia, encontrei no meu camarote uma carta endereçada a mim. Reconheci a caligrafia desse amigo do meu pai. Abri a carta, que não era muito grande, e encontrei, em síntese, a seguinte mensagem: “Não deixarei de orar por você, caro John, enquanto não estiver cheio do Espírito Santo”.



 As palavras mexeram com meu orgulho, e fiquei muito bravo. Amassei a carta e joguei-a num canto do camarote. Subi ao convés do navio com espírito muito agitado. Imagine só que absurdo: implicar que eu não estava cheio do Espírito! Aqui estava eu, embarcando como missionário, determinado a ser um excelente missionário – e ele tinha a coragem de insinuar que eu não estava equipado adequadamente para a obra!



 Andei agitado para cima e para baixo naquele convés, uma batalha ardendo no meu interior. Senti um enorme desconforto. Eu amava o homem que me escrevera aquele bilhete. Sabia da vida santa que levava, e, lá no meu íntimo, desconfiava que ele podia estar com a razão: eu não tinha mesmo condições de ser missionário.



 Depois de algum tempo, voltei para o camarote e fiquei de joelhos para procurar a carta amassada. Peguei-a do chão e alisei-a; li o conteúdo novamente, vez após vez. Ainda me senti irritado pelas palavras, porém a convicção crescia dentro de mim de que esse homem estava certo e eu, errado. Esse processo continuou durante dois ou três dias, deixando-me completamente agoniado. Tudo isso nada mais era do que a bondade do Senhor atendendo às orações do amigo do meu pai, que certamente havia batalhado em oração e tomado posse da vitória em meu favor.



 Finalmente, quase em desespero, clamei ao Senhor para me encher com o Espírito Santo. No mesmo instante, parecia que as nuvens escuras haviam desaparecido por completo. Pude ver a mim mesmo e a minha ambição egoísta. Tive uma batalha até o final da minha viagem no navio, mas, bem antes de chegar ao meu destino, decidi firmemente que, fosse qual fosse o preço, eu realmente precisava ser cheio do Espírito.



 O segundo momento culminante foi quando senti desejo de dizer ao Senhor que estava disposto até a ser reprovado nos meus exames nos idiomas na Índia e a ser um missionário trabalhando em silêncio e anonimato; que eu faria qualquer coisa e seria qualquer coisa, mas precisava receber o Espírito Santo a qualquer custo.



 Num dos primeiros dias na Índia, enquanto estava hospedado com um outro missionário experiente, saí com ele para um culto ao ar livre. O missionário pregou, e fui informado de que ele estava falando a respeito de Jesus Cristo como o Salvador que liberta do pecado.



 Depois de terminada a pregação, um homem com aparência ilustre, falando bom inglês, perguntou ao missionário se ele mesmo já tivera tal experiência de salvação do pecado. A pergunta foi direto ao meu coração, porque, se a mesma pergunta tivesse sido dirigida a mim, eu teria sido obrigado a confessar que Jesus ainda não me salvara totalmente, já que ainda havia pecado na minha vida.



 Reconheci que teria sido uma terrível desonra ao nome de Cristo se eu fosse obrigado a confessar que estava pregando Jesus, proclamando aos outros que era um Salvador perfeito, enquanto eu mesmo não estava liberto.



 Voltei ao meu quarto e me tranquei lá dentro. Disse para o Senhor que teria que acontecer uma de duas coisas: ou ele me libertava de todos os meus pecados, especialmente daquele que me atormentava constantemente, ou eu teria de voltar para minha terra e buscar uma outra atividade lá. Declarei que não podia ficar diante das pessoas para pregar o Evangelho enquanto eu mesmo não pudesse testemunhar do seu poder e eficácia na minha vida.



 Fiquei lá durante algum tempo, enfrentando essa questão e reconhecendo que era extremamente razoável que tomasse tal posição. O Senhor me assegurou que era capaz e desejoso de me libertar de todo o pecado e que realmente era sua vontade que eu estivesse na Índia. E, de fato, ele me libertou de tal forma que nunca mais duvidei da sua obra completa. Posso agora ficar diante de quem quer que seja e testemunhar, sem hesitar, da vitória que recebi. É meu prazer hoje testificar desse fato e contar a todos da maravilhosa fidelidade de Cristo meu Senhor e Salvador.


 John Hyde (1865-1912) foi missionário durante quase vinte anos na Índia. Foi chamado “O Homem que Orava”, pois a oração passou a ser sua ocupação principal. Suas orações produziram resultados impressionantes: um avivamento em 1910 na Índia e muitas conversões diárias.

[top]

Filed Under:

sábado, 10 de setembro de 2011

O método de trabalho de Deus: amigos

Posted by Angelo Bazzo on 23:00 | No comments


 Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. Am3.7

Se você é um cristão é certo que você deseja ver a vontade de Deus sendo cumprida na sua vida e no mundo ao seu redor. E isto é um bom sinal, afinal este desejo é prova da presença do Espírito Santo no seu interior. Mas, inevitavelmente, quem tem este desejo de ver a vontade de Deus reinando, um dia já perguntou: como Deus trabalha para alcançar seu propósito? Ou, por qual meio Ele estabelece sua vontade?

Talvez existam muitas formas ou caminhos que acreditamos serem os que o Senhor usa para a realização do seu propósito. Quem sabe a soberania de Deus seja a primeira coisa que pensamos. Sim é provável que se você tem uma visão correta de Deus então, sua crença deve incluir o poder de Deus para executar seus decretos e a este poder damos o nome de soberania. Mas se nossa resposta para “como Deus procede para alcançar seu objetivo?” é apenas sua soberania então, ficamos com algumas perguntas sem resposta, e a primeira que me vem à mente é: se Deus pode fazer o que quer (e de fato ele pode) porque ele ainda não o fez?

Outro pensamento que podemos ter sobre como Deus processa seu desígnio é relacionado com a responsabilidade humana. É possível que argumentemos que Deus quer algo, mas Ele determinou que aquilo que Ele quer, será alcançado unicamente por meio do homem. Podemos usar esse argumento para responder o questionamento sobre a soberania de Deus que foi feito acima, mas esta resposta levanta outro problema: pensar desta maneira, não faria Deus refém da boa vontade humana, vontade essa inexistente?

Dessa forma penso que nem a soberania de Deus e tão pouco a responsabilidade humana é a reposta para o método de trabalho de Deus. Acredito que a resposta está na relação de Deus com o homem, relação essa que damos o nome de comunhão. É por isso que comecei este texto com a citação do profeta Amós, pois nela vemos qual o caminho adotado por Deus para o seu agir.

- Deus não fará
Amós nos mostra que quem faz as coisas é Deus. A ação de Deus ainda é a ação de Deus e não do homem. Ele diz que “Deus não fará”, ou seja, o argumento do profeta nos mostra que no desenvolver do plano de Deus nós podemos observar as digitais divinas e sua providência. 

- Sem revelar
Mas então vemos um novo elemento na equação que é: a ação de Deus é precedida pela revelação de Deus. Sim, é Deus quem está agindo por detrás de todo o drama da história, mas essa ação não é feita sem um compartilhar prévio com seu amigos.Dessa forma, podemos unir essa duas peças de informação e concluirmos que o método de Deus para levar a cabo seu plano é o seu compartilhar com seus amigos, os quais Amós chama de profetas.

Hoje, como geração destruída pelo mundo, não é difícil confessar que somos extremamente necessitados da ação de Deus em nosso meio – da sua misericórdia, da sua intervenção e salvação, ou seja, da realização da sua vontade (boa, perfeita e agradável). E então será que esta não é uma boa hora de se perguntar: “Estou eu disposto a ser um daqueles que Deus pode compartilhar seu coração?”.

Baseado em toda a Bíblia, posso dizer com segurança que Deus está na espera de muitos “sim”. Durante toda a história ele procurou amigos e quando encontrou pôde mudar o curso de uma história que ia para o abismo. Ainda hoje Deus procura pessoas para serem seus parceiros, você é chamado para ser um destes. Ainda há vagas para amigos de Deus.

[top]

Filed Under:

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NÓS PERDEMOS O EVANGELHO" por Andrew Strom.

Posted by Angelo Bazzo on 05:31 | No comments

"NÓS PERDEMOS O EVANGELHO"

por Andrew Strom. 

Não há, no mundo, tragédia pior do que isso - a igreja perder o evangelho. Poderíamos ter uma centena de ataques terroristas, ou terremotos ou furacões, e ainda assim não superariam a tragédia de uma realidade - Perdemos o EVANGELHO. Nada se compara a este desastre - nada. 
Porque quando você perde o evangelho, você perde a salvação. As pessoas já não estão realmente sendo salvas. (Lembre-se, Paulo disse que o evangelho é o "poder de Deus para a salvação"). E quando as pessoas estão verdadeiramente sendo salvas, você perde também a igreja. Poque quando não há verdadeiro evangelho, não há igreja verdadeira. 
Algumas pessoas irão dizer que estou sendo muito "drástico". Bem, quero dizer para vocês que não estou sendo suficientemente drástico. Na verdade, se eu anunciasse esta mensagem através de 1000 megafones diretamente em seus ouvidos, não seria possível para mim enfatizar o quão desastroso, horrível e terrível é o fato de que, hoje nossa igreja apóstata ocidental - para todos os efeitos - perdeu  o evangelho. E ao fazê-lo perdeu a sua razão de existir! 
Nós dizemos a todos que tudo que eles precisam fazer é repetir uma pequena oração para aceitar Jesus como seu "salvador". Diga-me, onde está tal coisa nas Escrituras? Será que tal coisa sequer chegou perto de existir? Consegue lembrar  alguém, na bíblia, fazer uma coisa parecida com isso para se tornar um cristão? Será que algum dos apóstolos em Atos disse a alguém: "Apenas repita esta oração depois de mim"? Ou "estenda a sua mão - não há necessidade que ninguém veja"? Você consegue lembrar de ALGUÉM nas Escrituras fazer algo assim? 
Não, você não consegue. Porque NUNCA ninguém jamais fez tal coisa. É tudo uma invenção moderna - uma invenção completa. Isso não é a salvação a todos. Agimos como se as pessoas pudessem com segurança esquecer a convicção do pecado, o profundo arrependimento, o batismo nas águas e ficar cheio do Espírito Santo. São apenas "itens opcionais", não é? Mas olhe 'Atos' e me diga -, em algum houve alguma coisa parecida com estas no verdadeiro cristianismo? E o que sobre a obtenção de uma consciência limpa (lavada no sangue) e mantê-la limpo?  Somos nós que não contamos com nada disso, atualmente? Para realmente "andar" no sangue purificador de Jesus?  Para ser limpo, para ser totalmente "limpo", em cada pormenor, LIMPO? (A coisa mais importante do mundo). Onde está isso em nosso evangelho? Onde está a vida transformada? Onde está a "libertação" do pecado? 
Nosso povo, muito raramente se arrepende. Eles muitas vezes passam anos sem batismo (o que significa, de acordo com Romanos 6, que o seu "velho homem" ainda não está morto - e, portanto eles simplesmente não pode viver uma vida nova em Cristo). Leia Romanos 6 por um momento e pergunte a si mesmo: "Se eu não fui batizado, então a minha antiga natureza foi "enterrada" com Cristo ou não? Estou, o meu "velho homem", morto ou não?" É por isso que os apóstolos sempre batizavam IMEDIATAMENTE após uma real manifestação arrependimento. 
E então nós, muitas vezes, não conseguimos fazer as pessoas serem "cheias" do Espírito também - e muito menos "andar" no Espírito. Diga-me, como é que vamos ter "santidade", se não formos sequer preenchidos com o Espírito "Santo"? Por que você acha que os apóstolos sempre buscavam ter a certeza de que as pessoas foram cheias do Espírito? 
A maioria de nós nem sequer temos "Day One" cristianismo como era na Bíblia. Perdemos o evangelho e nós nem sequer o conhecemos. Nós inventamos um evangelho de "conveniência", um evangelho sem a cruz, um evangelho sem a santidade ou o poder para viver uma vida santa. Um evangelho que não mostra a ninguém como obter uma consciência limpa ou a forma de andar assim. Eu quero dizer para vocês que tal evangelho, não é todo o evangelho. E devemos ter vergonha de nós mesmos por pregar uma caricatura do Evangelho. 
Não me admiro que a igreja de hoje seja morna! O evangelho deve ser o alicerce sobre o qual tudo é construído. Sem ele não temos nada - literalmente nada. Ele afeta tudo o que fazemos e tudo o que somos. E perdê-lo é simplesmente o pior desastre que se pode imaginar.  Será que conseguiremos recuperá-lo? 
Bem, nós temos falado sobre "avivamento" muitas vezes em nosso site. Mas o que muita gente não percebe é que o "RETORNO DO EVANGELHO" era muitas vezes a chave que levou ao Grande Despertar - o Evangelho sendo restaurado e pregado no poder. Os Avivamentos de mais longa duração sempre envolveram o "retorno do Evangelho". É precisamente o que acontecia com a pregação de Wesley, Finney, Whitefield, etc e é exatamente isso que tem de acontecer de novo hoje! 
Assim, "Avivamento" para mim é muito mais do que apenas uma visitação passageira. Deve ser a restauração duradoura do verdadeiro evangelho - e, portanto, da verdadeira igreja também. Se queremos que o verdadeiro cristianismo seja restaurado hoje, temos de ver primeiro o evangelho ser restaurado. E esta é a chave mais importante de tudo isso.
Ó Deus, envia o tal Avivamento! TRAZ DE VOLTA O EVANGELHO e aqueles que vão anunciar o Evangelho! Ó Deus, clamamos a ti em nome de Jesus. Amen. Amém. 

[top]