sábado, 22 de maio de 2010

Pode alguém ser salvo viver em pecado?

Posted by Angelo Bazzo on 15:12 | No comments


Tive essa pergunta durante muito tempo na minha cabeça, ela poderia ser formulada de maneira diferente, quem sabe você se pergunta “alguém pode ser salvo sem se submeter ao Senhorio de Cristo?”, ou mesmo lhe ocorre na mente “um cristão pode ser alguém que nunca reflete o caráter de Cristo?”. Basicamente a pergunta é : a obediência é opcional no processo da salvação?

Vou falar sem enrolar, não existe como alguém ser salvo se não obedecer.Ao mesmo tempo que a salvação não acontece por meio de uma obra de obediência.

Ninguém tem que obedecer para então vir a ser salvo (justificado). Nenhuma  pessoa justificada ira viver de forma desobediente, uma vez que a justiça, ou retidão, de Cristo, me foi imputada pela fé, certamente irei viver de acordo com a retidão transferida a mim.

A maneira que a salvação acontece - é pelo fato que Deus tornou senhor de uma alma - logo ela foi livre das garras do senhorio de satanás,mas não para ser senhora de si mesma.Sou livre do reino das trevas,para finalmente tornar-me servo no reino do filho do seu amor.

Servo (escravo) é a natureza de uma pessoa regenerada. A natureza caída não consegue submeter-se a Deus,a nova natureza em Cristo não consegue submeter ao pecado(ainda que existe uma possibilidade de cometer pecados).Quando diz que trevas e luz não podem conviver,não é uma questão de tomar vergonha na cara,e não andar com pessoas que são das trevas(pois assim Jesus seria o primeiro a ter sido reprovado).Trevas e luz não tem comunhão por causa da natureza,é impossível.

Se alguém é está debaixo do pecado nunca conseguirá obedecer a Deus.Se alguém está debaixo da graça,não conseguirá viver em desacordo a sua natureza.Assim como é impossível para o irregenerado ( quem não nasceu de novo)  obedecer a Deus,assim é impossível para alguém regenerado obedecer ao pecado.

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Posted by Angelo Bazzo on 15:03 | No comments

O que é arrependimento?
Os fatos de nossa depravação, e a graça revelada no fato da cruz, devem nos conduzir ao arrependimento.

Em atos 3.19 Pedro diz “arrependei-vos, pois”, a palavra “pois” está mostrando que o arrependimento está em conexão com aquilo que foi dito antes: ”Cristo havia de padecer”.

Por causa disso, por causa da morte de Cristo é que o apostolo faz o chamado para o arrependimento, por mais que isso para muitos pareça óbvio, na pratica a o “óbvio” não tem sido visto. Pregamos a cruz como o amor de Deus, e falamos do arrependimento como algo que deve ser resultado apenas da revelação do juízo de Deus. Não conseguimos ver como o amor deve levar ao uma reação de arrependimento, tão poucos têm visto a cruz como um juízo.

Considerem a bondade e a severidade de DeusRm11.22Ou desprezas tua as riquezas de sua bondade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” Rm 2. 4.

Na cruz vemos como Deus é bom e severo ao mesmo tempo, nela vemos que Deus é bom, pois desejou salvar-nos enviando seu filho, ao mesmo tempo vemos a severidade a qual ele trata nosso problema,pois não foi possível que o cálice da cruz passasse,foi necessário que todas as coisas que estavam escritas sobre o sofrimento da cruz ocorressem.

Sua severidade na cruz nos leva a temer seu castigo, sua bondade na cruz nos leva a aproximar do crucificado,essa aproximação é o arrependimento “lógico” que Pedro viu quando pregou,arrependei-vos, pois.

Eu sou mal + Deus é severo a ponto de sofrer auto prejuízo na cruz + Deus me ama e convida a aproximar, pois foi crucificado =arrependimento.

O que é arrependimento?
Ez 6.8-10/ Ez 16.60-63 / Ez 20.41-44 / Ez 36.31,32 / Jr 31.18-20 / Is 6.1-5 / Is64.6 / Jó 42.6 / Zc 12.10,11 / Lc 18.13 / Rm 6.21 / 2 Co 7.10,11.
Mudança total do conceito que temos sobre nós mesmos.
Trauma incontrolável e permanente do pecado.
Nojo de si mesmo.
Horror diante da revelação da nossa verdadeira situação.
Tristeza segundo Deus.
Revelação do que nós fizemos contra Deus.
Revelação da enormidade de nossa culpa diante de Deus.
Força motivadora para correr a Deus por meio do sacrifício de Jesus.
Maior pavor de continuar no pecado do que vontade de preservar nossa imagem diante dos outros.
Gratidão infinita pela dádiva do perdão e da salvação imerecidas.
Admiração e assombro diante do tamanho do amor de Deus que poderia incluir pessoas tão vis como nós!

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Posted by Angelo Bazzo on 14:54 | No comments

“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.” (Efésios 4:28). Isso não é uma justificativa para ser rico de modo que possa dar mais. É um chamado para fazer mais e guardar menos, e então você poderá dar mais. Não há razão para que uma pessoa que prospera mais e mais em seus negócios deva ampliar a extravagância de seu estilo de vida indefinidamente. Paulo diria: Cubra suas despesas e doe o resto.

Não posso determinar o seu “cobrir”, mas em todos os textos que temos visto nesta série, há um impulso em direção à simplicidade e à generosidade extravagante, não a posses extravagantes. Quando Jesus disse: “Vendei os vossos bens e dai esmola” (Lucas 12:33), Ele pareceu sugerir não que os discípulos fossem abastados e pudessem dar de sua abundância. Parece que eles tinham tão pouco patrimônio líquido, que tinham que vender algo para terem algo para dar.

Por que os pregadores iriam querer encorajar as pessoas a pensarem que elas deveriam possuir riquezas para serem donatários generosos? Por que não encorajá-los a manterem suas vidas mais simples e serem ainda mais generosos em suas doações? Isso não acrescentaria em sua generosidade um forte testemunho de que Cristo — e não as posses — é seu tesouro?

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sábado, 15 de maio de 2010

Que Tipo de Leitura?

Posted by Angelo Bazzo on 15:51 | No comments


 Um grande problema em muitas partes do mundo de hoje consiste em aprender a ler, e em outras, em achar o que ler. Em nosso favorecido Ocidente estamos abarrotados de material impresso, de modo que aqui o problema é de seleção. Temos de decidir o que não ler.

 Há quase um século, Emerson assinalou que se fosse possível um homem começar a ler no dia em que nasce e, sem interrupção, ler por setenta anos, no fim desse período ele teria lido apenas os livros equivalentes a um estreito nicho da Biblioteca Britânica. A vida é tão curta, e os livros que nos são acessíveis são tantos que nenhum homem tem possibilidade de conhecer mais do que uma fração de um por cento dos livros publicados.

 Mas é preciso dizer que a maioria de nós não é muito seletiva em sua leitura. Muitas vezes, pergunto-me, com espanto, quantos metros quadrados de papel de imprensa passam diante dos olhos do homem civilizado normal no transcurso de um ano. Certamente devem cobrir diversos hectares; e eu receio que nosso leitor comum não obtém colheita muito grande em sua área. O melhor conselho que ouvi sobre esse tópico foi dado por um ministro metodista. Disse ele: “Sempre leia o seu jornal de pé”.

 Em nossa leitura séria, provavelmente seremos muito influenciados pela idéia de que o principal valor de um livro consiste em informar; e se estivéssemos falando de compêndios, isso seria verdade, mas quando falamos de livros, não temos em mente compêndios.

 O melhor livro não é o que apenas fornece informação, mas o que incentiva o leitor a informar-se. O melhor escritor é o que caminha conosco pelo mundo das idéias, como um guia amigo que anda ao nosso lado através da floresta, mostrando-nos uma centena de maravilhas naturais que, até aquele momento, não tínhamos notado.

 Assim, aprendemos com ele a ver por nós mesmos, e, logo, deixamos de ter necessidade do nosso guia. Se ele realizou bem seu trabalho, podemos prosseguir sozinhos sem perder muita coisa ao prosseguir.

 O melhor escritor é aquele que chama nossa atenção para pensamentos que estavam bem próximos de nossa mente, esperando que sejam reconhecidos como nossos. Esse homem atua como uma parteira, ao assistir o nascimento de idéias que estavam em gestação desde muito tempo em nossa alma, mas que, sem seu auxilio, talvez nunca tivessem nascido.

 Há poucos sentimentos tão satisfatórios como a alegria que vem do ato de reconhecimento quando vemos e intensificamos nossos pensamentos. Todos nós tivemos mestres que procuraram educar-nos suprindo nossa mente de idéias alheias, idéias com as quais não tínhamos nenhuma afinidade espiritual nem intelectual. Tentamos zelosamente integrá-las em nossa filosofia espiritual total, mas sempre sem sucesso.

 Em certo sentido muito real, nenhum homem pode ensinar outro; só pode ajudá-lo a ensinar-se a si mesmo. Os fatos podem ser transferidos de uma para outra mente, como acontece com uma cópia de uma fita matriz ou de um gravador de som. A história, a ciência e, até mesmo, a teologia podem ser ensinadas desse modo, mas o resultado é uma espécie altamente artificial de aprendizagem e raramente resulta em algum bom efeito na vida interior do estudante. A contribuição do aprendiz para o processo de aprendizagem é tão importante quanto a contribuição do professor. Se o aprendiz não contribui com nada, os resultados são vãos: na melhor das hipóteses, são apenas a criação artificial de outro mestre que pode repetir o monótono trabalho com outros, e outros, ad infinitum.

 O objetivo da educação deve ser a percepção de idéias, e não a estocagem delas. A mente deve ter olhos para ver, e não depósito para estocar fatos. O intelecto humano, mesmo em seu estado decaído, é uma impressionante obra de Deus, mas ficará nas trevas, enquanto não for iluminado pelo Espírito Santo.

 Nosso Senhor tem pouca coisa boa a dizer da mente não-iluminada, mas se delicia com a mente que foi renovada e iluminada pela graça. Ele sempre torna glorioso o lugar onde põe seus pés; dificilmente haverá na terra alguma coisa mais bela e maravilhosa do que a mente cheia do Espírito, alerta, anelante e irradiante pela presença de Cristo que nela habita.

 Desde que aquilo que lemos penetra, em um sentido real, a alma, é vital que leiamos o que há de melhor, e nada menos que o melhor. Não posso deixar de achar que os cristãos eram melhores, antes de haver tanta escolha do que ler. Hoje, temos de exercer dura disciplina em nossos hábitos de leitura. Todo cristão deve conhecer a Bíblia, ou, pelo menos, passar horas, dias e anos tentando conhecê-la. E sempre deve ler a Bíblia “em meditação”, como diz George Müller.

 Extraído de Homem: Habitação de Deus, A. W. Tozer, Editora Mundo Cristão.



por A. W. Tozer

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