quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Como encarar os últimos dias?

Posted by Carolina Sotero on 04:18 | 2 comments


Desde que o Senhor Jesus veio a terra, foram iniciados os “últimos dias” ( Hb1.1,2). Isso significa que sua primeira vinda é o início do fim, e que todo contexto da vida depois do advento de Cristo tem uma característica de finalização.

Existem pessoas que costumam atormentar outros com presságios do fim do mundo, como se isso fosse uma coisa que começou agora, mas não percebem que o “mundo”(kosmos) há um bom tempo está em seus últimos suspiros. O fim do mundo não é um tema novo, não foi ontem que começou o "início do fim", mas faz dois mil anos que tal coisa principiou. Logo, para que alarmar pessoas como se isso fosse algo totalmente novo e sensacionalista?

Eu costumo chamar esse tipo de pensamento de “apocalíptico”. São semelhantes aqueles que vemos nos filmes, onde uma nave espacial (no caso seria Jesus) desce sem motivos aparentes e leva alguns ser humanos para um experimento em outro planeta. Isso é coisa de filme, não da Bíblia!

Mas existem, também, aqueles que sabem que os últimos dias começaram a dois mil anos, e por saberem disso, tornam-se semelhantes aos homens do tempo de Noé, que por não estavam crerem na vinda do dilúvio, viviam uma vida normal. Esse é um outro extremo que o povo de Deus vive hoje.

É como se nós pudéssemos estabelecer o governo de Deus na Terra sem que Ele esteja na Terra. E antes que você comece a dizer que Deus está na Terra por meio de sua igreja, eu quero lembrá-lo da palavra referida a volta de Jesus, que é a palavra “parousia”. Ela fala da presença física de Jesus na Terra, coisa que não temos hoje. O governo total de Deus só irá ser estabelecido com a segunda vinda de Jesus. Não falo com alegria, mas o Brasil ainda não é do Senhor Jesus. Pois o mundo jaz no maligno, e o Brasil faz parte do mundo, logo ele, pertence legalmente ao Diabo.

Somos chamados para praticar o “já, mas ainda não” do Reino de Deus.

O Reino já veio na primeira vinda, sim, ele veio realmente.
O Reino virá na segunda vinda, sim, ele virá totalmente.

E hoje, que estamos prensados entre a realidade e a totalidade do Reino, que possamos “ser Igreja”, nos abrindo para que seu Reino venha para a Terra por meio do derramar do Espírito sobre toda carne.

Que estejamos abertos para viver nosso chamado de ser uma comunidade profética, que encarna hoje a realidade do Amanhã. "A hora está vindo, e já chegou..."

Angelo.

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fato

Posted by Angelo Bazzo on 13:31 | No comments


Evangelho profético.É um nome diferente para um blog,ou um nome que dentro do contexto que vivo pode ser moda.Todos gostam da palavra profético,mesmo que não façam a mínina noção do que isso signifique
Evangelho profético é o anseio de nossos corações aqui onde moro.Historicamente  é algo que nos faz olhar para o passado.Ja o profético é algo que nos faz olhar para o futuro.

Evangelho
Quando falo do evangelho como algo passado não quero com isso dizer que ele não seja relevante  na atualidade,como se ele fosse algo ultrapassado,pelo contrário,a eternidade que foi manifestada no passado,na cruz,é algo que efeito tão forte que a história foi dividida entre antes e depois deste fato.A força do evangelho não está no que ele “significa”,mas no que de fato ele é.O significado filosófico/teológico do evangelho,está atrelado e submisso ao fato ocorrido na história do Filho de Deus ser crucificado.

O nosso irmão Paulo escreveu em uma de suas cartas para igreja que estava na cidade de Corinto: 
 “Porque primeiramente vos entreguei  o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,e que foi visto por Cefas e depois pelos doze.Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os  apóstolos”. (1 co 15.1-7)

O evangelho são fatos que cumprem a profecia.
Cristo morreu = Fato
Cristo morreu por nossos pecados = Teologia.
Cristo morreu por nossos pecados segundo as escrituras = Profecia.

No evangelho nós sempre iremos perceber estes três elementos, o fato,a teologia e a profecia.Nossos problemas atuais não estão tanto no campo da teologia,mas da relação da história com a profecia.
O fato da morte de cristo ser algo que cumpriu as profecias, deve nos introduzir em um mundo todo novo, um mundo que diz que sua morte hoje é poderosa para fazer outras profecias se cumprirem.

Vejamos uma passagem que em meu entendimento ela se encontra muito mais no campo da profecia do que da teologia e muito menos no campo do fato: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, a purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”.(Ef 5.25-27)

Pois bem,nessa passagem o que vemos é profecia,pois a igreja gloriosa não existe hoje,é algo que irá existir,é uma realidade pela qual Cristo se entregou,mas assim como as profecias do antigo testamento,ela se tornou uma promessa para o futuro,não uma realidade presente.

A santidade na igreja hoje tem se tornado uma teoria, pois vemos a morte de Cristo como uma teoria também, não um fato que gera outros fatos.Acredito de todo coração que parte do que Deus irá fazer nestes dias,é por meio do ministério da palavra,restaurar a revelação do fato da cruz,e assim a igreja será de fato gloriosa,para assim estar pronta para o fato da segunda vinda.

Angelo.

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O mestre de Westminster

Posted by Angelo Bazzo on 05:39 | 1 comment




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Gales é um lugar único no mundo. Mesmo fazendo parte da Grã-Bretanha, os galeses se apressam em deixar claro que eles não são ingleses, e o enfatizam falando em seu próprio idioma em lugar de dizê-lo em inglês.
Gales tem uma grande e especial historia espiritual, pois experimentou grandes avivamentos, seguidos muitas vezes de profundas depressões espirituais.

A história registra alguns galeses notáveis, como Christmas Evans, Daniel Rowland, William Williams, Howell Harris, Evan Roberts… e David Martyn Lloyd-Jones, o nosso biografado. 

Os primeiros passos
David Martyn Lloyd-Jones nasceu em 20 de dezembro de 1899, quando terminava o século XIX. Deus tinha um plano para este filho de Henry e Magdalene Lloyd-Jones, para trazer de novo as chamas do avivamento que Evans, Roberts e outros tinham experimentado antes. Alguns têm dito que Charles Spurgeon foi o último puritano, mas o tempo demonstraria que deveriam ter esperado ouvir o "Doutor" antes de fazer tal afirmação. 

A vida do jovem Martyn foi bastante tranqüila até janeiro de 1910, quando tinha 11 anos. Até então o seu pai tinha sido um homem de negócios muito bem-sucedido em sua cidade natal de Llangeitho. Mas aquele ano ocorreu algo que mudaria muitas coisas. 

Na escuridão da noite rompeu um fogo que quase custou as vidas de Martyn e dos seus irmãos, que dormiam no piso superior. Ainda que a família fosse salva, a maior parte dos bens familiares se perdeu. Henry nunca se recuperou totalmente do reverso financeiro. Quase por acidente, Martyn averiguou pouco depois quão desesperada se tornou verdadeiramente a sua situação. 

Durante os seus primeiros anos de escola, ele levou esta carga em seu coração. Como resultado, tornou-se muito sério para a sua idade, e muito decidido em ter êxito em sua educação e em sua vida. "Foi como se ele se apartasse muito do que é comum à juventude, e isto lhe fez dizer uma vez: 'Eu nunca tive uma adolescência'", afirma Ian Murray. Ainda que fervoroso de coração, Lloyd-Jones sempre levaria com ele uma reputação de austeridade e severidade. 

Lloyd-Jones foi criado no metodismo calvinista galês. O termo "metodismo calvinista" pode parecer contraditório, porque os metodistas são arminianos - que enfatizam o livre-arbítrio do homem - e os calvinistas dão ênfase à soberania de Deus em relação à salvação. De alguma forma, o metodismo calvinista de Gales procurou o melhor de ambas as posturas. 

Entre 1914 e 1916, Lloyd-Jones foi para uma escola primária de Londres, e em seguida estudou medicina. Realizou a sua prática no influente Hospital de St. Bartholomew, e foi brilhantemente bem-sucedido. Foi aprovado em seus exames tão cedo que teve que esperar para graduar-se. 

Em 1921 começou a trabalhar como assistente principal de Sir Thomas Horder, um dos melhores médicos dessa época. 

Com a idade de 26 anos, Martyn obteve o seu diploma de membro do Colégio Médico e tinha uma carreira brilhante e lucrativa diante dele. No entanto, Deus tinha planos para que fosse médico de almas em lugar de corpos.

Conversão e chamada para o ministério
Pouco a pouco, através da leitura, a sua mente foi atraída pelo evangelho de Cristo. Não teve nenhuma crise dramática de conversão, mas chegou a um ponto em que se comprometeu completamente com o evangelho. 

Depois disso, quando se sentava no consultório, escutando os sintomas dos seus pacientes, compreendeu que aquilo que muitos deles necessitavam não era a medicina ordinária, mas o evangelho que ele tinha descoberto para si mesmo. Ele poderia ocupar-se dos sintomas, mas a preocupação, a tensão, as obsessões, só poderiam ser tratadas pelo poder da conversão. Ele sentia cada vez mais que a melhor forma de usar a sua vida e talentos era pregando esse evangelho. 

Martyn se envolveu rapidamente na igreja da Capela da Charing Cross. Entre outras coisas, ali conheceu a Bethan Philips. Bethan frequentava ali com seus pais e dois irmãos. O seu pai era um oftalmologista muito conhecido e Bethan estava a ponto de se formar como médico no University College Hospital. 

Depois de vários anos de noivado, Martyn e Bethan se casaram, em 1927. Depois da sua lua de mel em Torquay, instalaram-se em seu primeiro lar, uma pequena casa paroquial da igreja de Sansfield, em Aberavon, Gales, decididos a servir naquilo a que se sentiam chamados. 

O surpreendente movimento do jovem especialista e sua esposa não podiam deixar de atrair a atenção, e a imprensa veio até eles. A senhora Lloyd-Jones respondeu a um jornalista na porta de sua casa com a frase: 'Sem comentários' e no dia seguinte ficou horrorizada ao ler o titular: '"O meu marido é um homem maravilhoso", diz a senhora Lloyd-Jones'. Deste matrimônio nasceram duas filhas, Elizabeth e Ana.
Os médicos locais não estavam muito contentes com o recém-chegado. Pensavam que ele tinha vindo para mostrar a sua superioridade e lhes tomar os seus pacientes.

Contrário ao esperado, Martyn não pôde abandonar completamente a sua carreira médica. No sul de Gales, a sua brilhante habilidade de diagnóstico escasseava. Depois de uns anos durante os quais foi deliberadamente ignorado pelos médicos locais, foi chamado para um caso difícil. Ele soube exatamente a natureza da obscura enfermidade da que o paciente aparentemente se recuperaria, e em seguida morreria. O seu prognóstico se confirmou exatamente, e o médico geral disse: 'Devo me ajoelhar para pedir o seu perdão pelo que eu tenho dito sobre você'. Depois disso foi difícil controlar as chamadas médicas.
Um escritor descreveu assim o bairro de Sansfield: "Contém pelo menos uns 5.000 homens, mulheres e crianças que vivem na maior parte na sordidez e na aglomeração". Ou como alguém disse, era um lugar para "os jogadores, as prostitutas e os publicanos". 

Lloyd-Jones não era um ministro recém saído de uma universidade teológica liberal, que acomodasse a sua mensagem à opinião contemporânea e às manias da sua congregação. As palavras do seu primeiro sermão inspiradas a partir de 2ª Timóteo 1:7 ilustram quais eram as suas convicções: "As nossas ... igrejas estão lotadas com pessoas, as quais na grande maioria tomam a Ceia de Senhor sem duvidar um momento, mas... você por um instante pode imaginar que todas essas pessoas crêem que Cristo morreu por elas? Bem, então, você dirá: por que são membros da igreja; por que eles fingem crer? A resposta é que eles têm medo de serem honestos consigo mesmos... Eu me sentirei muito mais envergonhado por toda a eternidade pelas ocasiões nas que disse que eu cria em Cristo quando na realidade não era assim...".
Isso foi muito para alguns, que abandonaram a congregação. Mas em lugar disso -lentamente no princípio- foi crescendo o número dos que eram cativados pela verdade, a classe operária de Gales do Sul. A mensagem os trouxe, e o poder do Espírito Santo os converteu. Não havia súplicas dramáticas, só um ministro jovem com a mensagem clara da justiça de Deus e o seu amor, que conduziam para um tema duro atrás de outro ao arrependimento e à conversão. 

A igreja cresceu com a constante corrente de conversões. Notórios bêbados se fizeram cristãos gloriosos, e operários e mulheres vieram para as classes de Bíblia que ele e a sua esposa dirigiam.
Para aqueles que estão habituados a pregação bíblica pode ser difícil entender a comoção que causava este jovem pregador. Primeiro, ele não estava treinado teológicamente (pelo menos não das formas reconhecidas). Em lugar de pregar de uma cartilha ou alguma outra forma pré-elaborada, Lloyd-Jones era acima de tudo um pregador da Bíblia. Desde o começo, ele procurou dar uma compreensão verso por verso da Palavra de Deus. Talvez isto refletisse a sua própria vida pessoal que incluía ler a Bíblia completa cada ano. Basta ler as suas mensagens sobre Romanos ou sobre Efésios para entender quão profundo era o seu afeto pela Palavra e a sua obediência a ela própria. 

Tampouco há dúvida de que a sua leitura dos Puritanos teve também uma profunda influência sobre ele. Os Puritanos freqüentemente foram caricaturados, mas Lloyd-Jones os leu realmente. Leu todo o Diretório Cristão de Richard Baxter e os vários volumes de John Owen. Do seu ponto de vista, os Puritanos diferiam de outras correntes organizadas em vários pontos importantes.
Primeiro, acentuavam a natureza espiritual do culto por sobre as formas e rituais externos. Segundo, enfatizavam o corpo reunido de Cristo por sobre o indivíduo, fazendo assim a disciplina da igreja necessária e saudável para a causa de Cristo. Finalmente, cria na aplicação direta da Palavra para a alma de cada pessoa. O espírito do Puritanismo, cria Lloyd-Jones, podia ser delineado de William Tyndale a John Owen e a Charles Spurgeon. Era este espírito da centralidade da Palavra de Deus o que conduzia o novo pregador no país de Gales. 

À medida que as suas pregações eram conhecidas, a presença de Lloyd-Jones era mais e mais solicitada. Muitos outros pregadores começaram a encontrar nele um modelo do que devia ser o ministério do púlpito. Foi pregar no Canadá e América e freqüentemente era convidado para falar perante várias assembléias na Grã-Bretanha. 

Foi na noite fria e nebulosa de 28 de novembro de 1935 que Lloyd-Jones pregou para uma assembléia em Albert Hall, em Londres. Durante a sua mensagem, 'o Doutor' explicou os problemas bíblicos que ele via em muitas das mais usadas formas de evangelização e crescimento da igreja. Disse: "Podem muitos dos métodos de evangelismo que se introduziram faz uns quarenta ou cinqüenta anos realmente justificar-se pela Palavra de Deus? Quando leio sobre a obra dos grandes evangelistas na Bíblia, vejo que eles não estavam primeiro preocupados com os resultados; eles se ocupavam em proclamar a palavra da verdade. Eles deixaram o crescimento para Ele. Eles estavam interessados, sobretudo em que as pessoas fossem postas face a face com a própria verdade". 

Chegada a Westminster
Um dos ouvintes naquela noite era um ancião de 72 anos, G. Campbell Morgan, pastor da Capela de Westminster, possivelmente o pregador com mais renome na época. Dizem que o ancião pastor disse a Lloyd-Jones: 'Ninguém a não ser você poderia ter me tirado em semelhante noite!'. Depois de ouvir a Lloyd-Jones, Campbell Morgan quis tê-lo como seu colega e sucessor em 1938. Mas não era tão fácil, porque ele conduzia outras opções tão atrativas como aquela. No final, prevaleceu o chamado da Capela de Westminster, e a família Lloyd-Jones com as suas filhas, Elizabeth e Ana estabeleceram-se definitivamente em Londres em abril de 1939.

A associação de Morgan e Lloyd-Jones foi um digno exemplo de como os cristãos podem trabalhar juntos, mesmo que difiram em aspectos secundários. G. Campbell Morgan era um arminiano, e a sua exposição da Bíblia, ainda que famosa, não se ocupou das grandes doutrinas da Reforma. Martyn Lloyd-Jones, ao contrário, estava na mesma tradição de Spurgeon, Whitefield, os Puritanos e os Reformadores. Mas ambos os homens respeitaram cada um as posições e talentos do outro, e a sua associação, até que Campbell Morgan morreu, foi pacífica e promoveu muito a obra de Cristo em Londres. 

Quando as nuvens de tormenta da Segunda guerra mundial já ameaçavam, Lloyd-Jones assumiu o pastorado pleno da Capela de Westminster. Durante os anos de guerra, os habitantes de Londres suportaram por meses as intermináveis incursões noturnas dos bombardeiros alemães. Por causa da Capela de Westminster estar situada muito próxima ao Palácio de Buckingham e outros edifícios importantes do governo, permanecia em perigo constante de ser destruída. A congregação esteve em um estado constante de crise financeira e emocional. No entanto, os trabalhos seguiram quase com normalidade. Em 1944, uma bomba voadora explodiu na Capela dos Guardas, a uns poucos metros dali, cobrindo o pregador e a congregação de um pó branco. Um membro da congregação abriu os seus olhos depois do estampido, viu todos cobertos de branco e creu que devia estar no céu! 

Westminster também estava aproximando-se rapidamente da sua própria crise interior. Alguns da "velha guarda" não queriam muito ao jovem calvinista que tinha compartilhado o púlpito com o seu venerado Dr. Morgan. É um testemunho do poder da Palavra de Deus e do espírito humilde de Lloyd-Jones que a igreja não só sobreviveu, mas também finalmente prosperou. Depois da guerra, a congregação cresceu rapidamente. Em 1947 as galerias foram abertas e de 1948 até 1968 quando ele se retirou, havia uma média de 1.500 espectadores aos domingos pela manhã e 2.000 à noite.

No início de 1953, o estudo da Bíblia das sextas-feiras a noite começou na Capela principal. Foi ali quando Lloyd-Jones iniciou o seu monumental discurso sobre o livro de Romanos. Assim como a obra de Martin Lutero sobre Romanos e Gálatas influenciou os Puritanos posteriormente, este grande trabalho sobre Romanos influenciou a atual geração de crentes. Assim como ele começou, ele continuaria, ministrando a sua pessoa com a Palavra de Deus em lugar de sua própria personalidade. 

Em seu enfoque ao trabalho de púlpito, Lloyd-Jones trabalhava firmemente através de um livro da Bíblia, tomando um versículo ou parte de um versículo de uma vez, mostrando o que ensinava, como isso se ajustava ao ensino sobre o assunto em outra parte da Bíblia, como o ensino inteiro era pertinente aos problemas do nosso próprio dia e como a posição cristã contrastava com as idéias atualmente em voga.
Ele se punha a si mesmo em um segundo plano, e tentava mostrar para a sua congregação a Palavra de Deus, permitindo que a mensagem da Bíblia falasse por si mesma. As suas pregações explicativas tinham o propósito de permitir a Deus falar tão diretamente como era possível aos seus ouvintes com o pleno peso da autoridade divina.

Outras atividades
Apesar das dificuldades da guerra, Lloyd-Jones esteve comprometido na fundação de três instituições importantes. A primeira foi a criação de uma Biblioteca Evangélica de grandes obra cristãs, que logo superou os 20.000 volumes. Desta forma, uma nova geração de crentes se aproximou dos escritos de Bunyan, Baxter, Owens e outros.

A segunda instituição que Lloyd-Jones ajudou a criar foi a Confraternidade de Westminster. O livro Os Puritanos, é uma recopilação das mensagens anuais de Lloyd-Jones para a venturosa congregação.
E o terceiro, foi o apoio à Confraternidade Inter-universitária (IVF), e que era a organizadora da Conferência Puritana realizada a cada mês de dezembro. Havia um forte sentimento pela necessidade de retornar aos fundamentos teológicos da tradição protestante, ao período de cem anos depois da Reforma, quando as suas implicações teológicas tinham funcionado. Foram lidos e discutidos documentos e Lloyd-Jones dirigiu as reuniões com habilidade e autoridade. 

A casa editorial Banner of Truth e a revista Evangelical Magazine nasceram, com a ajuda e estímulo de Martyn Lloyd-Jones, que também apoiou poderosamente o trabalho da Biblioteca Evangélica. A nível pastoral, ele conduziu reuniões fraternais mensais de ministros desde o início dos anos 40, onde os pastores discutiam todos os problemas que enfrentavam dentro das igrejas e em seu entorno. Aqui a sua sempre vasta experiência, a sua profunda sabedoria e o seu sentido comum ajudaram a muitos ministros jovens com dificuldades aparentemente únicas e insolúveis. 

No verão de 1947 o doutor fez outra visita aos Estados Unidos e foi recebido calorosamente. A pedido de Carl F. H. Henry, ele falou na Universidade de Wheaton. Foram publicadas as cinco mensagens que ele deu. Neles Lloyd-Jones compartilhou a sua idéia sobre o tipo de pregação que o mundo realmente necessita. 

Controvérsias
Um caráter forte e uma liderança forte não podem evitar as controvérsias. Crendo, como ele fez, no poder do Espírito Santo para convencer e converter, ele se opôs profundamente à tradição com a que tinha crescido à partir de Moody, de reuniões públicas com música suave e apelações emocionais para a conversão. Também se opôs às uniões arbitrárias entre denominações apoiadas no pragmatismo em lugar da doutrina. Nada causaria mais problemas a Lloyd-Jones que a sua firme crença na necessidade de uma adesão a certas doutrinas fundamentais. 

No final da Guerra, enquanto muitos se reuniam para ouvir o doutor, outros líderes religiosos estavam começando a ignorá-lo. Quando em 1946 uma publicação reuniu os nomes dos "Gigantes do Púlpito", incluindo homens como Weatherhead, o nome de Martyn Lloyd-Jones foi ignorado. 

No princípio dos anos de 1950, muita coisa havia mudado no cenário espiritual da Inglaterra. Em 1952, Arturo W. Pink morreu em relativa obscuridade em uma ilha da Escócia. Nesse momento poucos teriam imaginado que os seus escritos seriam um dia publicados e lidos por crentes em todo mundo. 

Em torno de 1959, Lloyd-Jones observou que havia um ressurgimento do interesse nas doutrinas da graça e os ensinos dos puritanos na igreja. No entanto, aqueles nos quais se produzia este retorno não eram da sua própria geração. O interesse real estava entre os ministros e crentes mais jovens. Esta nova geração de líderes do púlpito viu as imutáveis verdades da palavra de Deus em uma forma que a sua geração anterior não fez. Alguns acusaram a Lloyd-Jones de ignorância teológica no melhor dos casos, e no pior, de arrogância espiritual. A verdade é que ele repreendia freqüentemente os seus jovens aprendizes por transformar a discussão sobre Calvinismo e Arminianismo em um ponto de controvérsia. De fato, ele expressava publicamente a sua crença de que A. W. Pink deveria ter tido um espírito mais a longo prazo e conciliatório em seu esforço para retornar as pessoas para a verdade. 

A controvérsia mais séria veio em suas relações com a Igreja da Inglaterra. Martyn Lloyd-Jones era um firme crente na unidade evangélica. Ele não cria que as barreiras sectárias deviam separar a aqueles que tinham uma verdadeira fé em comum. Mas quando o movimento ecumênico liberal fez mais e mais concessões para as correntes de opinião mundana, ele apoiou o êxodo daquelas denominações. 

Uma das grandes paixões de Martyn Lloyd-Jones era o retorno à combinação da doutrina dos Calvinistas e o entusiasmo dos Metodistas. Nos anos 60, ele estava ansioso porque a ênfase na sã doutrina recentemente recuperada não se convertesse em uma árida dureza do doutrinário. Para neutralizar este perigo, ele começou a dar ênfase à importância da experiência. Ele falou muito da necessidade do conhecimento experimental do Espírito Santo, da convicção plena pelo Espírito, e da verdade que Deus trata imediatamente e diretamente com os seus filhos - freqüentemente ilustrando estas coisas com a história da igreja. 

Ao contrário de grande parte do ensino que se levantaria durante a Renovação Carismática dos anos 60, Lloyd-Jones enfatizou várias características do verdadeiro avivamento. Primeiro, ele proclamou que Deus é soberano e não há, portanto, nenhuma fórmula para o avivamento. Deus se move de formas diferentes em tempos diferentes. Em segundo lugar, insistiu em que a igreja necessitava do avivamento, não para que mais pessoas entrassem na igreja, mas para que Deus fosse devolvido para o Seu lugar justo nas vidas e pensamentos das pessoas. 

Tal como no problema de unidade da igreja, as suas idéias sobre o que agora se conhece como 'psicologia cristã' provaram ser profundas e proféticas. Ele não estava absolutamente impressionado com o matrimônio entre a pregação bíblica e a psicologia secular. 

Há uma coleção de sermões sobre o assunto em "Depressão Espiritual: Causas e Curas", publicada pela primeira vez em 1965. A obra aponta para a suficiência de Cristo na vida do crente e conclui com estas palavras: "Eu faço o máximo que posso, mas Ele controla a provisão e o poder, Ele o infunde. Ele é o médico celestial e Ele conhece cada variação em minha condição. Ele vê a minha estrutura. Ele sente o meu pulso. Ele conhece... tudo. 'Assim é', diz Paulo, 'e, por conseguinte tudo posso através daquele que constantemente está me infundindo força'… Ele nos conhece melhor do que nós mesmos nos conhecemos, e segundo a nossa necessidade, assim será a sua provisão". 

No início dos anos 60, o doutor iniciou uma série de mensagens sobre o evangelho de João. A sua intenção neles não foi uma exposição verso a verso como era habitual, mas uma busca do significado essencial da certeza e a plenitude do Espírito Santo.

No início de 1968, em seu 68° ano, Lloyd-Jones teve uma operação importante e, ainda que se recuperasse por completo, decidiu que depois de 30 anos em Westminster tinha chegado o tempo de retirar-se como ministro. 

O seu ministério tinha sido muito abençoado por Deus. Tinha havido um ribeiro constante de conversões, muito notáveis e, sobretudo, para uma ampla variedade de pessoas de toda classe social tinha lhes ensinado a largura e a profundidade da doutrina cristã. Na Capela tinha soldados dos quartéis próximos da Wellington Barracks, trabalhadores dos hotéis e restaurantes do oeste, enfermeiras dos grandes hospitais, atores e atrizes de teatros do oeste-extremo, serventes civis menores e maiores de Whitehall, e desempregados crônicos provenientes da hospedaria do Exército da Salvação. 

A Capela sempre estava cheia de estudantes, especialmente estrangeiros, entre os quais estava o agora Presidente Moi do Quênia. A Igreja chinesa assistia de manhã e muitos Irmãos de Plymouth pela tarde. Quando os Irmãos Exclusivos se dividiram, muitos dos que viviam em Londres vieram para a Capela de Westminster. E havia, é obvio, muitos profissionais, mestres, advogados, contadores e possivelmente alguns daqueles que tinham alguma deficiência mental.

Gente de todo tipo e condição vinha para vê-lo depois na sacristia, onde ele passaria horas pacientemente escutando e sabiamente aconselhando. Um deles escreveu: 'Eu tenho uma lembrança encantadora de ir para ele em uma necessidade pessoal profunda, ainda muito assustado por causa da sua maneira pública formidável. A sua tranqüilidade e atrativa bondade, unidas a um conselho simples e reto, ganharam o meu coração. A sua inteligência e brilhantismo como pregador lhe fazem digno de respeito e admiração; esse outro lado mais manso, que conheci em privado, faz alguém lhe amar'. 

Em 1977 ele falou sobre a diferença no método de Paulo de ajudar os cristãos e aquilo que se estava popularizando com o nome de aconselhamento. A sua convicção era de que muito do que acontecia com o psicológico era realmente espiritual. Lloyd-Jones viu o púlpito como o enfoque do verdadeiro 'Cristian counselling'. Isso não significa que ele estivesse desinteressado de sua gente e dos seus problemas. Nada poderia estar mais longe daquilo. Ele ocupava muitas horas no conselho pessoal e na direção bíblica.

Atividades finais
Nos 12 anos posteriores da sua aposentadoria ele continuou com a Conferência de Westminster e dedicou muito tempo para dar conselhos a outros ministros, responder cartas e falar longamente por telefone. Livre da rígida rotina dos domingos em Westminster, ele pôde então dedicar-se aos compromissos externos que ele tinha tomado como ministro, sobretudo ocupando os finais de semana em causas pequenas e remotas que ele amava reanimar. Ele viajou novamente para a Europa e os Estados Unidos, mas recusou novos e reiterados convites para outros países. 

Lloyd-Jones tinha um lar muito feliz que estava aberto a cada Natal para os membros da igreja que não tinham outro lugar para onde ir. Em sua aposentadoria ele estava acostumado a incitar os seus netos maiores com algum argumento. Eles eram como cachorrinhos jovens indo para um leão velho, atrevendo-se onde ninguém mais se atreveria, voltando para trás por um grunhido, mas tornando a saltar em seguida. 

Em 1979, a enfermidade retornou, e teve que cancelar todos os seus compromissos. Ele ainda desejava pregar novamente. Ele tinha visto muitos homens seguir depois de que eles deveriam ter parado. Na primavera de 1980 pôde começar de novo, mas uma visita ao Hospital em maio revelou que a sua enfermidade exigia um tratamento mais austero que lhe impediria de pregar. Entre as exaustivas sessões no hospital, que ele enfrentou com valentia e dignidade, continuou trabalhando em seus manuscritos e dando conselho para ministros, mas no Natal ele estava muito fraco para isto. No final, no entanto, pôde passar tempo com o seu biógrafo (o seu ajudante anterior, Ian Murray). 

No final de fevereiro de 1981, com grande paz e confiada esperança, ele creu que a sua obra terrestre estava completada. Disse para a sua família imediata: 'Não orem por cura, não procurem me reter de ir para a glória'.

Em 1 de março, o Dia do Senhor, ele passou para a glória da qual tão freqüentemente tinha pregado, para encontrar-se com O Salvador ao qual tinha proclamado tão fielmente.

Fonte :http://www.aguasvivas.ws/revista/51/espigando.htm

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A CRUZ E AS ERAS VINDOURAS ( G. Campbell Morgan )

Posted by Angelo Bazzo on 04:39 | 1 comment


“E que, havendo por Ele feito a paz pelo sangue da Sua cruz...
reconciliasse Consigo mesmo todas as coisas” (Cl 1:20).

“Paz pelo sangue da Sua cruz”. Os professores gnósticos sugeriam a necessidade da mediação de anjos. Eles declaravam a necessidade de práticas ascéticas, incitando humilhação voluntária e até a adoração de anjos. Paulo, reconhecendo a necessidade da reconciliação, não meramente entre nós e Deus, mas entre todas as partes do universo, nos céus assim como na terra, declara que isto está providenciado no “sangue da Sua cruz”.

Em conexão com isto é necessário esclarecer que quando falamos da cruz nos referimos não somente a uma forca romana e à morte de um homem. Se Aquele na cruz fosse apenas um homem então todo este escrito do apóstolo não seria apenas tolice,mas uma miragem e um pesadelo, uma ilusão e um ardil. Por outro lado se Aquele na Cruz for a Imagem do Deus invisível, o Criador e Sustentador original, o Primogênito saído da morte para a vida, então na presença da Sua Cruz começo a tremer e ainda a crer na declaração de que através daquela Cruz Ele reconcilia todas as coisas a Ele mesmo, na terra e nos céus.

Através desta Cruz há primeiro a reconciliação das coisas na terra.
O processo é  lento quando contamos o tempo. A labuta é uma agonia, o conflito é para a morte, mas a vitória é segura. Esta vitória é a reconciliação de todas as coisas na terra, primeiro do homem com Deus, e então de toda a criação com o homem nesta paz de Deus que emana do estabelecimento do Seu trono e da relação correta de todo o reino com isso.

Através desta Cruz há também a reconciliação de coisas nos céus. Trazemos à lembrança a figura dos anjos desejando examinar essas coisas. Quando eles assim fizeram, se tornaram consciente do mistério inescrutável na hora em que Jesus morreu. Era o mistério da morte do ser puro e sem pecado, e por isso imortal. Pessoalmente, não posso ter nenhuma dúvida sobre a exatidão literal da história bíblica que na hora daquela morte o sol se escureceu. Aminha admiração às vezes é que alguma vez brilhasse novamente. Os anjos viram no mistério uma revelação.

Eles conheciam a Pessoa que viram morrem, e reconheceram que a morte de Cristo devia ter um algum significado profundo nos propósitos de Deus. Através da morte do Senhor viram o homem reconciliado com Deus. Eles viram a salvação provida para o pecador na libertação do pecado. Eles viram que a cooperação resultante dos santos, quando, conformados com a Sua morte chegaram ao conhecimento vivo Dele, compartilharam o poder da Sua ressurreição e entraram na comunhão dos Seus sofrimentos. Eles viram estes santos conduzirem por toda a criação de Deus a renovação que tinha refeito as suas próprias vidas.

Que efeito teve aquela obra vinda da paixão e o poder do amor de Deus sobre os anjos que observavam? Era para eles uma nova revelação de Deus. Naquela Cruz eles O viram como nunca O tinham visto. A luz da Deidade brilhou mais alva, pois a santidade foi vindicada como nunca fora antes. O amor da Deidade brilhou mais vermelho, pois a compaixão foi manifestada mais perfeitamente. A vida da Deidade foi percebida mais plenamente, pois todos os seus valores foram revelados mais absolutamente. Posso imaginar que, quando o Senhor Jesus Cristo morreu e todas as questões da Sua morte lhes foram reveladas, os anjos tomaram emprestada a canção do Salmista e cantaram: “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85:10).

Se não há pecado, a lei e o amor nunca estão fora de harmonia um com outro, a verdade e a graça vão sempre de mãos dadas, a justiça e a misericórdia cantam um hino comum. Se a lei for quebrada o que deve o amor fazer? Se a verdade for violada como a graça pode operar?Na presença do crime como a justiça e a misericórdia podem se encontrar? Este é o problema dos problemas. Não é um problema entre Deus e o homem.

Não é um problema entre Deus e os anjos. É um problema entre Deus e
Ele mesmo. É respondido na Cruz: “Deus estava em Cristo”, desde a eternidade e seguramente também na hora da Cruz. Assim, a despeito de todo o sofrimento conseqüente no conflito dentro da Sua própria natureza, Ele encontrou o caminho da reconciliação. Pelo sofrimento operado na história humana e em todas as eras, através da Cruz, Ele demonstrou que o amor encontra a lei quando ele sofre e a cumpre. A graça satisfaz a demanda da verdade resolvendo todas as questões da sua violação, e a misericórdia pode operar na base da justiça, não porque Deus esmagou e afligiu a outro, mas porque, em um mistério que confunde e contunde o intelecto quando tenta abrangê-lo, Deus reuniu tudo em Seu próprio coração e sofreu para reconciliar todas as coisas por Ele mesmo.

Assim, como Cristo é o Centro, a Fonte, e o Alvo do universo, a
Sua Cruz é o centro, a fonte, e o alvo da reconciliação. A carta aos Efésios é o complemento de Colossenses, nela o Apóstolo ensina que pela Igreja a sabedoria de Deus deve ser manifestada aos principados e potestades nos lugares celestiais. Cristo e o Seu povo redimido devem exercer um ministério além daquele de hoje por todas as eras por virem. Este ministério deve ser o de uma revelação da coisa mais profunda no coração de Deus, o amor que, operando através do auto-abandono e sacrifício, resgatou, redimiu e refez a humanidade perdida. Os anjos ouvirão a música do amor quando os redimidos cantam, “a muito antiga história de Jesus e Seu amor”. Eles são os filhos da manhã, as inteligências não caídas que nunca conheceram as misérias do pecado ou a sua poluição, mas devem silenciar os seus elevados hinos enquanto os redimidos cantam:

 “Ele nos amou, e se deu por nós”.

Assim para todo o universo e para as últimas eras sempre procedendo na beleza do ser de Deus, a Cruz permanecerá a revelação suprema de Deus, através da qual toda a criação chegará a uma compreensão da Sua santidade e do Seu amor, as coisas mais profundas e mais verdadeiras do Seu ser.

 Que tema! A imaginação é completamente incapaz de abranger toda a sua gloriosa verdade. Sonhamos com o nascimento das incessantes eras, das novas criações, jorrando como manhãs frescas da Sua sabedoria e da Sua força. E, quando em progressão infalível elas aparecem, Cristo e Sua redimida Igreja cantarão a eles a canção da redenção. Embora conheçam a força e a majestade de Deus na maravilha de suas deles, somente chegarão a uma verdadeira apreensão do Seu coração quando lhes dissermos que Ele nos amou e nos libertou dos nossos pecados pelo Seu sangue.

'Na Cruz de Cristo me glorio, elevando sobre as destruições do tempo, toda a luz da história sagrada se reúne em torno da sua sublime
fonte'.

Através daquela Cruz todas as coisas nos céus devem ser reconciliadas e a paz infinita deve seguir, e ouso confiar nisso apesar de todo o meu pecado e toda a minha fraqueza. A propósito daquela Cruz sou reconciliado a Deus e através dela encontro descanso infinito, eterno e imortal. Finalmente o meu descanso será o descanso com toda a criação, pois a ordem cósmica será restaurada pelo mistério do sofrimento de Deus conforme revelado na Cruz.

Do livro: The Bible and the Cross (A Bíblia e a Cruz).
Fonte : www.editorarestauracao.com.br

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