sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Em Busca de uma Geração que vai além

Posted by Angelo Bazzo on 02:26 | No comments

Por: Angelo Bazzo
Você sabia que a mediocridade pode levar mais pessoas para o inferno do que a imoralidade? Você duvida? Pense nisto: as pessoas que vivem em guerra franca contra a santidade de Deus têm mais consciência de seus pecados e fraquezas e, por esse motivo, têm mais chances de responder com arrependimento a um chamado de Deus do que aquelas que se posicionam a favor do Senhor, mas levam uma vida de total mornidão.
Embora extremamente comum na igreja, a mornidão é um estado que não combina nem um pouco com o cristianismo e o chamado de Jesus para segui-lo. É exatamente essa condição que tem gerado, nos nossos dias, “cristãos pela metade”, pessoas que não estão nem doentes nem saudáveis, nem frias nem avivadas, nem fortes nem fracas. Permanecer acomodado nesse status quo pode parecer inofensivo, mas, na verdade, constitui um dos maiores inimigos do povo de Deus, porque paralisa sutilmente o desejo do coração do Pai: que seus filhos vão além.
“Ir além” tem a ver com prosseguir, com caminhada, com jornadas. E Deus é um Deus de jornadas. Ele sempre teve um alvo final e para isso trabalha e tem trabalhado na História com o objetivo de levar-nos a um glorioso fim. Em toda a Escritura, podemos ver convites e alertas de Deus chamando diversos homens, em diversas épocas, para prosseguir e ir além, para chegar à reta final. Veremos agora algumas “tríades” ou “sequências de três” que aparecem em toda a Bíblia e que nos ensinam sobre esse chamado comum a todo cristão.
Os Patriarcas
Deus chamou Abraão para realizar seu desejo eterno de formar um povo. Só que isso não aconteceu na vida de Abraão. Foi necessário vir Isaque e, depois, Jacó. Foi somente em Jacó que as 12 tribos (12 na Bíblia nos fala frequentemente sobre o Reino de Deus) tornaram-se realidade.
Quando pensamos em Abraão, Isaque e Jacó, devemos lembrar que foram, literalmente, um pai, um filho e um neto. Nessa sequência de três gerações, foi somente na geração dos netos que o povo de Israel foi constituído. Se com Israel, naqueles dias, foi assim, entre nós não será diferente. Nada romperá em nossa geração se não estivermos ligados, aliançados com as gerações anteriores. Muitas vezes, o que mais desejamos é romper com o nosso passado, enquanto Deus quer que nos unamos com aqueles que vieram antes de nós a fim de somar as revelações de cada geração anterior com as atuais (Sl 33.11).
Abraão é o exemplo de uma geração desbravadora, que entrou no novo de Deus. Ele é como o pai de um novo mover de Deus na Terra. Assim como ele, houve vários irmãos, alguns que já morreram e outros que estão bem velhos, que iniciaram um novo rumo do mover de Deus no Brasil. Eu poderia citar o nome de muitos aqui, mas desejo apenas que você pense em alguns de 80, 90 e, até mesmo, 100 anos de idade que iniciaram coisas novas em nossa nação e no mundo. Esses foram como um Abraão, deixando de lado tudo o que lhes era comum e partindo para desbravar algo novo.
Já Isaque representa aquela figura que dá continuidade ao trabalho do pai. Ele é mais pacífico, não precisou enfrentar tantas lutas quanto seu pai, pois o caminho já estava mais desbravado. É, também, uma figura de Jesus, porque obedece a tudo o que o Pai falou. Sua missão não foi inventar nada novo, mas obedecer e permanecer naquilo que o Pai lhe ordenara. Da mesma forma, a Geração de Isaque não faz nada novo, mas, com um espírito de obediência e constância, mantém a chama do testemunho acesa.
Finalmente, em Jacó, um homem totalmente perdido, cheio de erros, que não segue o estilo do pai, posso ver a minha geração e, até mesmo, minha própria vida. Os três patriarcas formam uma parábola sobre identidade e geração, pois o nome de cada um tinha um significado ligado à sua missão. Jacó tinha uma identidade toda defasada, com inúmeras falhas, assim como acontece comigo e com a minha geração. Temo-nos perdido em relativismos e homossexualidade. Somos uma geração com mente líquida, sem absolutos, que não sabe relacionar-se com o próximo porque passa horas diante de um televisor.
Porém, há algo interessante na trajetória de Jacó. Em Gênesis 28, vemos como Jacó recebeu a visão da casa de Deus, mostrando a ligação entre o céu e a terra. É obvio que esse neto, totalmente fora do padrão do avô e do pai, não merecia essa revelação; mesmo assim, foi dada a ele por pura graça divina.
No Salmo 24, o salmista fala de uma geração santa que busca a face do Deus de Jacó. Pergunto-me por que Davi não citou “o Deus de Abraão” ou “o Deus de Isaque”? Creio que o motivo de associar Jacó com “santidade”, mesmo sendo ele quem foi, é porque a geração de mãos limpas e coração puro, que vai levantar os portais eternos de suas almas para receber o Rei da glória na segunda vinda, é uma geração que buscará a face de Deus como Jacó buscou. E como Jacó buscou a face de Deus? Até mancar, até ser marcado. Deus quer marcar esta geração atual apesar de ter o passado cheio de erros e falhas, porque, onde abundou o pecado, superabundou a graça.
Somos chamados como geração atual para ir além, sabendo que, mesmo sendo pecadores, somos totalmente amados por Deus. Ele quer nos dar a visão de sua casa, quer que a somemos com a visão e revelação dos nossos pais (aqueles que vieram antes de nós), para que sejamos animados a ir além como geração e buscar a sua face, como Jacó a buscou.
A Geografia Bíblica
Existem três lugares geográficos na história do povo de Israel que, além de aparecerem frequentemente, representam regiões espirituais na nossa jornada pessoal e na caminhada coletiva do Corpo de Cristo. São eles: o Egito, o Deserto e a Terra Prometida.
O Egito representa o mundo e a vida no pecado. Faraó representa aquele que escraviza as pessoas no pecado – Satanás. Após a escravidão no Egito, é preciso passar pelo Deserto, um lugar intermediário entre o Egito e a Terra Prometida. Durante a peregrinação do povo de Deus no deserto, foram-lhe revelados a Palavra de Deus e o modelo do tabernáculo. Apesar de ser um lugar de provação, é no deserto que Deus tem uma oportunidade singular de falar com seu povo.
O destino final é a Terra Prometida. O propósito de sair do Egito é chegar lá. É também o lugar onde a lei (que foi recebida no deserto) deveria ser plenamente vivida. Muitas ordenanças recebidas no deserto não podiam ser praticadas no deserto, como, por exemplo, a celebração da Festa dos Tabernáculos e o estabelecimento do lugar único para cultuar a Deus (Dt 12). A terra é um lugar onde tudo o que foi aprendido no deserto seria praticado, onde Deus reinaria sobre seu povo.
Olhando para essas figuras, costumo me perguntar: em que ponto da minha jornada com o Senhor eu estou agora? Certamente, não estou no Egito, pois o Senhor, nosso Libertador, com mão forte e braço estendido, soberanamente libertou-me da escravidão a Satanás. Mas, tão certo quanto isso, posso afirmar que também não estou vivendo plenamente na prática do Reino. E isso não só se aplica a mim, mas vejo que o povo de Deus em geral também não tem entrado, por completo, na sua herança. Não temos experimentado a plenitude da bênção de Deus como povo; não estamos em avivamento, não temos a “normalidade” da igreja de Atos.
Será que é correto nos contentarmos em ser “livres do pecado”? Alguns não entendem que ser livre do pecado é conhecer apenas 50% da santidade. Ser santo não é apenas ser separado do pecado, mas também ser totalmente separado para Deus. Ser povo de Deus não é só sair do Egito, mas entrar na Terra. Não devemos fazer parte da geração que morreu no deserto. Somos chamados para ir além, para não nos contentar com o deserto ou com a vida nesse mundo, mas para ansiar pelo propósito final: a entrada na Terra Prometida, a prática do Reino de Deus.
O Tabernáculo
Na epístola aos Hebreus, Cristo é revelado como a realidade da qual o tabernáculo era figura. Nossa experiência prática de Cristo tem relação com as três partes do tabernáculo: Átrio, Santo Lugar e Santo dos Santos.
A experiência do átrio fala sobre a nossa conversão. Nele, havia o altar de holocausto, representando a Cruz de Cristo, e a bacia de bronze para os sacerdotes se lavarem, representando o batismo nas águas.
A experiência do Santo Lugar indica o batismo no Espírito Santo e a experiência com a Palavra e a oração. Cada uma dessas experiências é representada por um móvel específico dentro do Santo Lugar. O candelabro continha fogo e óleo, que são figuras do Espírito Santo, e que aponta tanto para o batismo no Espírito, quanto para as demais experiências com os dons. A mesa dos pães representa a experiência com a Palavra, uma vida devocional, o prazer de meditar diariamente na Palavra e ter novas revelações sobre Jesus nas Escrituras. O altar de incenso fala sobre uma vida de intercessão.
Todas essas experiências, por melhores que sejam, são um meio para um fim, não um fim em si mesmas. Poucos cristãos, contudo, encaram-nas dessa forma, e alguns nem mesmo chegam a viver a realidade do Santo Lugar, como o batismo no Espírito Santo ou a verdadeira iluminação da Palavra de Deus. A verdade é que o alvo de Deus é conduzir-nos ao Santo dos Santos. Ele nos chama para ir além, além da conversão, além, também, do batismo no Espírito, além da experiência da Palavra ou da oração como algo em si mesmo. Fomos chamados para ter a experiência do Santo dos Santos – o lugar onde a glória de Deus está. Fomos chamados para ir além da experiência reformada, do encontro com a realidade da cruz e da graça. Fomos chamados para ir além da experiência pentecostal e dos dons do Espírito Santo. A última geração vai descobrir, na prática, a diferença entre a unção do Espírito e a visão da glória de Deus. Precisamos ir além e ver Deus face a face.
As Festas Bíblicas
Outra tríade interessante é das festas do povo de Israel. Deus ordenou que todos subissem três vezes ao ano para Jerusalém para celebrar as festas do Senhor. Se você examinar o significado das três viagens ou celebrações, verá que correspondem às três partes do tabernáculo ou às três experiências na vida cristã.
A primeira viagem do ano era para comemorar a festa da Páscoa, que representava a saída do povo do Egito e, consequentemente, a conversão. A segunda festa, Pentecostes, simboliza a entrega da Lei no deserto e tem relação com o batismo no Espírito Santo (a lei de Deus em nosso coração). A terceira festa, a Festa de Tabernáculos, corresponde à Segunda Vinda de Cristo, quando o tabernáculo de Deus estará entre os homens.
Na história da Igreja, vemos que, após um longo período de decadência, que se estendeu aproximadamente do século 2 ao século 15, Deus restaurou seu testemunho seguindo a ordem das três festas. Com Lutero e os outros reformadores, a realidade da Páscoa foi restaurada por meio da doutrina da justificação. Durante um longo período, a salvação, a graça e a cruz foram enfatizadas. Nos movimentos pentecostal e carismático, especificamente no século 20, houve a restauração da realidade da Festa de Pentecostes. Durante esse período, praticamente todas as denominações foram tocadas pelo Espírito Santo, e voltou a ênfase da primeira igreja no batismo no Espírito Santo, no dom de línguas, de cura e em vários outros.
Hoje em dia, existem igrejas para cada uma dessas festas. As igrejas mais históricas, por exemplo, enfatizam a experiência da Páscoa. Já as igrejas pentecostais, como o próprio nome diz, enfatizam mais as experiências do Pentecostes, com o mover do Espírito. Mas é chegado o tempo de irmos além, de vermos a geração da Festa de Tabernáculos, homens e mulheres que vivem em prol da segunda vinda de Cristo, que anseiam pelo dia em que o tabernáculo de Deus estará entre os homens.
Ir Além no Novo Testamento
Além de todas essas figuras que aparecem no Velho Testamento, encontramos em Filipenses três passagens que mostram claramente esse anseio de Deus, sob três perspectivas diferentes.
Deus nos leva além
“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
Veja que Paulo afirma que Deus começou algo naqueles irmãos, e o próprio Deus os levaria além. Assim, podemos ver por que ir além é tão importante, pois o próprio Deus está indo além. Você quer acompanhá-lo?
O homem indo além
“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13,14).
Temos aqui a biografia de um homem de Deus, o sentimento de um homem cheio do Espírito. O resultado de sua vivência com o Senhor foi tornar-se um homem que, como Deus, estava prosseguindo. Deus estava indo além, e Paulo o estava acompanhando. Muitos cristãos estão totalmente presos ao passado, tentando trazer Deus de volta ao passado para fazer tudo dar certo como no tempo que já passou, enquanto ele está em um novo movimento de sua graça. Isso nos mostra que sempre é tempo de prosseguir, avançando para o alvo.
Deus e o homem, juntos, indo além.
“Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.12,13).
Somos chamados para ir além na nossa salvação, desenvolvendo e crescendo nesse presente que nos foi dado por Deus. E qual o motivo de fazer isso? Porque Deus o está fazendo. Devemos ir além, em nossa salvação, porque Deus está indo além. Essa é uma caminhada conjunta.
Portanto, irmãos, somos chamados, como Jacó, para lutar com Deus em oração a fim de podermos contemplar a sua glória no Santo dos Santos e sermos capacitados para possuir a Terra Prometida – a prática do Reino de Deus. Somente assim, estaremos prontos como povo de Deus para celebração da Festa de Tabernáculos: a Volta de Jesus.
“Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, procurando alcançar aquilo para que também fui alcançado por Cristo Jesus” (Fp 3.12).
Os Patriarcas:    ABRAÃO – ISAQUE  -  JACÓ       
Geografia Bíblica:    EGITO -  DESERTO  -  TERRA PROMETIDA       
O Tabernáculo:    ÁTRIO -  SANTO LUGAR  -  SANTO DOS SANTOS       
As Festas Bíblicas:    PÁSCOA -  PENTECOSTES  -  TABERNÁCULOS

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Posted by Angelo Bazzo on 02:24 | No comments

Todo o Israel Será Salvo – Fundo Profético
O corpo messiânico em Israel acredita unanimemente que “todo o Israel será salvo” (Romanos 11.26). A ideia de que uma nação – Israel – é predestinada a receber um avivamento nacional é um conceito radical. É tão radical que não podemos fundamentá-la em apenas um versículo, mesmo vindo de Paulo (Saulo) o apóstolo. Para podermos acreditar nessa promessa, é preciso que seja um princípio desenvolvido em toda a Escritura.

Foram os profetas antigos de Israel que receberam as primeiras revelações sobre a salvação de Israel. E foi de suas profecias que Paulo recebeu a autoridade bíblica para fazer aquela afirmação ousada de Romanos 11.
Isaías 45.17 – Israel será salvo em YHVH [Iavê ou Jeová], com salvação eterna.
Isaías 45.25 – Em YHVH, toda a descendência de Israel será justiça e louvor.
Isaías 46.13 – Darei salvação a Israel, a minha glória.
Isaías 60.21 – Todos do teu povo serão justos e herdarão a Terra para sempre.
Este último versículo deu base ao ensinamento rabínico de que todos os judeus religiosos têm salvação eterna. “Todo o Israel tem parte no mundo vindouro, como está escrito: ‘Todos os do teu povo serão justos” (Masechet Avot 1.1). A interpretação de que as profecias de Isaías se referem a salvação nacional e eterna tem paralelos na Nova Aliança e no Talmude/Mishná – obviamente, com aplicações bem distintas.

Os outros profetas, especialmente Jeremias, continuaram na mesma perspectiva de Isaías, abrindo, por sua vez, o caminho para a revelação de Paulo em Romanos.
Jeremias 23.6 – Nos seus dias, Judá será salvo.
Jeremias 30.7 – Tempo de grande tribulação para Jacó, mas ele será salvo do meio dela.
Jeremias 31.7 – YHVH salva o teu povo, o remanescente de Israel.
Jeremias 33.16 – Naqueles dias, Judá será salvo.
Os contextos dessas passagens são profecias descrevendo o rei messiânico, a restauração de Israel e a Nova Aliança. Os primeiros capítulos de Jeremias falam sobre o juízo de Deus sobre Israel, enquanto que os últimos capítulos mostram o juízo divino sobre as nações. Bem no meio, há uma seção poética e profética que trata da restauração de Israel. Jeremias 30-33 forma um paralelo a Romanos 9-11, que contém a tese de Paulo sobre a restauração de Israel também.

Jeremias 31.7 afirma que o tempo do avivamento nacional de Israel será durante a grande tribulação. O avivamento de Israel e a tribulação do tempo do fim são concomitantes. Outros profetas continuaram com a mesma percepção, descrevendo igualmente o avivamento de Israel no contexto de tribulação no tempo do fim:
Daniel 12.1 – Tempo de tribulação como nunca houve até então; nesse tempo, o teu povo será salvo.
Joel 2.31-32 – O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia de YHVH... Todo aquele que invocar o nome de YHVH será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento.
Zacarias 12.7 – YHVH salvará primeiramente as tendas de Judá.
A visão de avivamento nacional em Israel no fim dos tempos é confirmada por profetas de todos os períodos em Israel, principalmente os últimos. A raiz da autoridade bíblica para esse conceito vem lá do início, das profecias de Moisés na Torá.
Deuteronômio 33.29 - Feliz és tu, ó Israel, um povo salvo por YHVH.
Não enfatizaríamos a salvação de Israel se fosse apenas um versículo isolado no livro de Romanos. Porém, a restauração de Israel, o remanescente e o avivamento durante a tribulação no tempo do fim são temas centrais nas Escrituras, desde a Torá até a Nova Aliança.

fonte http://www.revistaimpacto.com.br/direto-de-jerusalem-para-sua-caixa-postal-toda-semana

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

É o sitema,estúpido!

Posted by Angelo Bazzo on 07:30 | 1 comment

Há uma diferença enorme entre a igreja (ekklesia) e o sistema institucional religioso. Há uma enorme diferença entre o sistema clerical e as pessoas que fazem parte dele. Há uma enorme diferença entre o sistema denominacional e o povo de Deus que se identifica por um rótulo denominacional. Jesus Cristo não morreu por um sistema religioso. Ele morreu para a igreja. A igreja foi criada por Deus. O sistema foi criado pelo homem. A igreja é uma entidade viva. O sistema é um mecanismo. Quando o Senhor disse: “Eu edificarei a minha igreja”, Ele não estava falando de um sistema confessional. Nem estava falando de um culto religioso nos quais as pessoas se sentam nas manhãs de domingo e observam. Ele estava falando de seu próprio corpo, que inclui você e eu. A palavra “igreja” tem sido tão abusada, mal utilizada, e distorcida que incontáveis crentes parecem não conseguir distinguir a diferença entre a religião cristã, o sistema clerical, o sistema denominacional, o sistema religioso e a ekklesia de Deus. Nas suas mentes, é tudo a mesma coisa. Muito, muito tempo atrás, em uma galáxia muito, muito distante, eu era professor do ensino médio. Curiosamente, nós professores, muitas vezes criticamos o sistema educacional. Em que pese o fato de que fazíamos parte daquele sistema, o sistema não nos representava. O sistema era uma coisa, os professores eram outra. Estávamos todos envolvidos em um determinado sistema, isto é, tínhamos um modo particular de fazer as coisas. Uma forma, uma estrutura, uma atividade padronizada. Era algo maior que nós mesmos, e isso poderia funcionar de forma independente e separada de nós, como professores individualmente. (Isso é o que os sistemas fazem.) Eles só precisam de alguns corpos quentes para mantê-los em movimento. Apesar de sermos uma parte do sistema, éramos separados dele. Quando Jesus Cristo entrou em cena, Ele teve grandes problemas com o sistema religioso, o judaísmo. E Ele desafiou esse sistema. Mas Ele amava as pessoas no sistema. E Ele os viu, não o sistema, como Sua Noiva (vide João 3). Esse é o mesmo caminho para se entender a igreja. Desafiar – e até mesmo criticar – o sistema religioso é uma coisa completamente diferente que criticar a igreja do Deus vivo. Na verdade, historicamente, aqueles que desafiaram o sistema religioso foram os que mais amaram a igreja, e esse amor era a força motivadora por trás de suas críticas. Então, nas palavras do meu amigo, “É o sistema, estúpido”. Se alguém quiser fazer um adesivo com esses dizeres, não se esqueça de me enviar uma cópia. Embora eu provavelmente não o coloque no meu carro, eu com certeza vou colocá-lo na parede do meu escritório. Fonte: <http://frankviola.org/2008/09/07/its-the-system-stupid/>.
http://igrejanoslares.com.br/

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domingo, 13 de maio de 2012

Por Que Somos Indiferentes Quanto ao Retorno de Cristo? A.W Tozer

Posted by Angelo Bazzo on 07:18 | 2 comments

Logo depois do término da primeira guerra mundial, ouvi um grande pregador do
sul dizer que temia que o intenso interesse pela profecia generalizada naquela época
resultaria na morte da bendita esperança quando os eventos provassem que os
entusiásticos intérpretes estavam errados.

O homem era profeta, ou pelo menos um estudioso notavelmente perspicaz da
natureza humana, pois aconteceu exatamente e que ele predisse. A esperança da vinda
de Cristo está quase morta hoje em dia entre os cristãos bíblicos.

Não significa que tenham abandonado a doutrina do segundo advento. De modo
nenhum. Tem havido, como todas as pessoas bem informadas sabem, um ajustamento
entre alguns dos pontos doutrinários menores do nosso credo, mas a imensa maioria
dos evangélicos firmes continua sustentando a crença em que Jesus Cristo algum dia
voltará de fato à terra em pessoa. A vitória final de Cristo é aceita como uma das
inabaláveis doutrinas da Escritura Sagrada.

É verdade que em alguns rincões as profecias da Bíblia são expostas
ocasionalmente. Isto acontece especialmente entre os cristãos hebreus que. por razões
muito compreensíveis, parecem sentir-se mais perto dos profetas do Velho
Testamento do que os crentes gentios. O amor que votam a seu povo leva-os
naturalmente a apegar-se a toda esperança de conversão e restauração última de Israel.
Para muitos deles o retorno de Cristo representa rápida e feliz solução do "problema
judeu". Os longos séculos de peregrinação terminarão quando Ele vier, e Deus nesse
tempo restaurará "o reino a Israel". Não ousamos deixar que o nosso profundo amor
por nossos irmãos cristãos hebreus nos cegue para as óbvias implicações políticas deste
aspecto da esperança messiânica. Não os censuramos por isso. Apenas chamamos a
atenção para o fato.

Todavia, o retorno de Cristo como bendita esperança está quase morto entre nós,
como já disse. A verdade referente ao segundo advento onde é apresentada hoje, é na
maior parte acadêmica ou política. O jubiloso elemento pessoal falta por completo.
Onde estão aqueles que:
"Tanto anseiam pelo sinal
ó Cristo, do Teu cumprimento;
pelo chamejar desvanecem,
dos Teus passos em Teu advento?"

A aspiração por ver a Cristo que queimava o peito daqueles primeiros cristãos
parece ter-se queimado toda. Tudo que resta são cinzas. É precisamente o "anseio" e o
"desvanecimento" pelo retorno de Cristo que distingue entre a esperança pessoal e a
teológica. O mero conhecimento da doutrina correta é pobre substituto de Cristo, e a
familiaridade com a escatologia do Novo Testamento nunca tomará o lugar do desejo
inflamado de amor de fitar Sua face.


Se o ardoroso anelo desapareceu da esperança do advento hoje, deve haver razão
para isto; acho que sei qual é, ou quais são, pois há um bom número delas. Uma é
simplesmente que a teologia fundamentalista popular tem dado ênfase à utilidade da
cruz, e não à beleza dAquele que nela morreu. A relação do salvo com Cristo é
apresentada como contratual, em vez de pessoal. Tem-se acentuado tanto a "obra" de
Cristo, que esta eclipsou a pessoa de Cristo. Permitiu-se que a substituição tomasse o
lugar da identificação. O que Ele fez por mim parece mais importante do que o que Ele
é para mim. Vê-se a redenção como uma transação de negócio direto que "aceitamos"; e
à coisa toda fica faltando conteúdo emocional. Temos de amar muito a alguém, para
ficarmos despertos esperando a sua vinda, e isso talvez explique a ausência de vigor na
esperança do advento entre aqueles que ainda crêem nela.

Outra razão da ausência de real anseio pelo retorno de Cristo é que os cristãos se
sentem tão bem neste mundo que têm pouco desejo de deixá-lo. Para os líderes que
regulam o passo da religião e determinam o seu conteúdo e a sua qualidade, o
cristianismo tornou-se afinal notavelmente lucrativo. As ruas de ouro não exercem
atração muito grande sobre aqueles que acham fácil amontoar ouro e prata no serviço
do Senhor cá na terra. Todos queremos reservar a esperança do céu como uma espécie
de seguro contra o dia da morte, mas enquanto temos saúde e conforto, por que trocar
um bem que conhecemos por uma coisa a respeito da qual pouco sabemos? Assim
raciocina a mente carnal, e com tal sutileza que dificilmente ficamos cientes disso.
Outra coisa; nestes tempos a religião passou a ser uma brincadeira boa e festiva
neste presente mundo, e, por que ter pressa quanto ao céu, seja como for? O
cristianismo, contrariamente ao que alguns pensaram, é forma diversa e mais elevada
de entretenimento. Cristo padeceu todo o sofrimento. Derramou todas as lágrimas e
carregou todas as cruzes; temos apenas que desfrutar os benefícios das suas dores em
forma de prazeres religiosos modelados segundo o mundo e levados adiante em nome
de Jesus. É o que dizem pessoas que ao mesmo tempo afirmam que crêem na segunda
vinda de Cristo.

A história revela que os tempos de sofrimento da igreja têm sido igualmente
tempos de alçar os olhos. A tribulação sempre deu sobriedade ao povo de Deus e o
encorajou a buscar e a esperar ansiosamente o retorno do seu Salvador. A nossa
presente preocupação com este mundo pode ser um aviso de amargos dias por vir.
Deus fará com que nos desapeguemos da terra de algum modo — do modo fácil, se
possível; do difícil, se necessário. É a nessa vez.

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Posted by Angelo Bazzo on 05:13 | No comments


O avivamento virá se...
Por: Wesley L. Duewel
Por sua própria iniciativa e vontade Deus nos deu, a nós Seu povo, o pacto do avivamento. Não foi nenhum ser humano que suplicou até que Deus prometesse enviar avivamentos. Por Ele ser o Deus do avivamento, voluntariamente nos deu a Sua aliança, como um convite para que busquemos o avivamento. Deus tem muito mais fome para enviar-nos o avivamento do que nós temos para recebê-lo.
Há várias formas na Bíblia pelas quais Deus afirmou o Seu pacto de avivamento, especialmente nestas passagens do Velho Testamento: Isaías 41:18; 44:3; 62:1, 6-7; e 64:1-2,4-5. Porém, provavelmente a promessa mais conhecida e mais citada está em 2 Crônicas 7:14:
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”
Deus quer que nos lembremos e reflitamos sobre como Ele agiu no passado. Ele quer que esta lembrança nos torne ansiosos de vê-lo agir novamente com todo aquele poder que usou em outras épocas da história. Se o povo de Deus tiver suficiente fome, Deus ouvirá e mandará o avivamento.
Vamos fazer a nossa parte na aliança, no Seu pacto de avivamento. Aceitemos o Seu santo desafio de 2 Crônicas 7:14.
1. “Se o meu povo se humilhar. “
Quantas pessoas você conhece dentre o povo de Deus, que levam a sério o pacto de Deus? Quantos estão na verdade se humilhando? Humilhe-se na sua oração particular. Humilhe-se nas reuniões de oração e nas assembléias solenes diante de Deus. Humilhe-se com jejum como fez Davi (Salmo 35:13).
2. “E orar e buscar a minha face.”
Na história da igreja, toda vez que veio um avivamento foi depois de um período de intensa oração e de busca da face do Senhor por parte de alguns dos Seus filhos. Quando estudamos a história da obra de Deus na terra sempre encontramos santos fiéis em oração, muitas vezes em secreto, persistindo em oração diante Dele, suplicando para o Senhor reavivar o Seu povo. Sempre houve pessoas – geralmente muitas – que no íntimo dos seus corações clamavam a Deus incessantemente.
Deus exige mais do que simples orações casuais para o avivamento. Ele quer que o Seu povo esteja sedento e faminto pela Sua operação maravilhosa e poderosa. Buscar a face do Senhor é mais do que simplesmente mencionar o avivamento em nossa oração. Envolve orações freqüentes e prolongadas. Requer uma santa determinação em oração, examinando-nos cuidadosamente para ver se há alguma coisa nas nossas vidas que está nos afastando de Deus. Aquele que busca o avivamento está preparado para dar qualquer passo necessário para que a sua oração seja respondida. Aquele que busca o avivamento está sempre pronto a obedecer a Deus em tudo. Buscar a face de Deus freqüentemente exige que se peça perdão aos outros (Mateus 5:23-24; 6:14-15; Marcos 11:25; Lucas 6:37; Cl 3:13). Geralmente exige a solução de atritos que impedem que as orações sejam respondidas (1 Pedro 3:7). Você está buscando a face de Deus?
3. “E se desviar dos seus maus caminhos.”
Quaisquer coisas que entristeçam a Deus, quer sejam coisas que fizemos ou que deixamos de fazer – impedirão o resultado do nosso empenho em responder ao pacto de avivamento de Deus. Devemos ser sensíveis ao Espírito Santo e aos Seus esforços em apontar as áreas das nossas vidas que nos desviam da Sua obra e nos roubam a bênção completa de Deus. Muitas vezes o Espírito Santo, com Sua voz forte, nos corrige, fazendo-nos sentir profunda convicção da nossa falha. Em outras ocasiões Ele usa um gesto gentil para nos dirigir mais completamente para dentro da vontade de Deus.
Uma obediência imediata a qualquer coisa que o Espírito Santo nos mostre, um arrependimento imediato a qualquer coisa que entristeça o coração de Deus – isto é o que prepara o caminho para o avivamento. Ninguém é mais rápido em sentir a reprovação do Espírito Santo, nem mais sensível e responsivo a Deus do que uma pessoa cheia do Espírito Santo. Daí se segue que ninguém é tão rápido em se arrepender de qualquer falha como uma pessoa cheia do Espírito Santo! Eis porque Deus precisa de pessoas cheias do Espírito para ocupar postos chave na Sua estratégia de avivamento.
Os três passos acima são essenciais na preparação do caminho do Senhor para o avivamento. Estas são as condições do pacto de Deus se quisermos ver os seus feitos poderosos. Mas tão certo como o Senhor está nos céus, quando preenchemos Suas condições bem claras, Deus fará duas coisas: concederá perdão por nós O termos entristecido de alguma forma e curará graciosamente a nossa terra.
O mundo inteiro está ferido por Satanás e pelo pecado. Todas as nações estão necessitando desesperadamente de cura. Muitas igrejas, grupos e famílias precisam de cura. O avivamento sempre traz cura para lares, igrejas, comunidades e nações. “Oh! Deus, sara nossa terra” deve ser o clamor de coração de todo cristão.
Haverá outro grande avivamento?
Nunca é tarde para Deus. Se nós preenchermos as condições divinas do pacto de avivamento veremos o cumprimento das promessas de Deus a esse respeito. A questão não é tanto se “Virá o avivamento?” e sim: “Será que preenchemos as condições do pacto de Deus para o avivamento?”
Será este o tempo de Deus? Assim como sempre é o tempo de Deus para salvar, sempre é tempo de Deus para conceder o avivamento. Com tanta certeza como “hoje é o dia da salvação”, agora é o tempo do avivamento, porque agora é o dia da graça. Pode demorar algum tempo para preenchermos as condições de Deus, para preparar o caminho do Senhor e para orar até vencer as batalhas de oração na guerra espiritual. Mas Deus não atrasa o avivamento porque seja arbitrário. E não é necessário ficar implorando, como se não quisesse enviar.
Nos séculos passados Deus concedeu muitos avivamentos, grandes e pequenos. Os avivamentos de Finney talvez tenham sido mais extensos do que os avivamentos de Wesley e Whitefield. Os avivamentos de 1858-59 foram mais extensos do que os avivamentos de Finney e podem até ser considerados como a continuação por parte de Deus, dos avivamentos de Finney. Com certeza o avivamento de 1858-59 foi o primeiro realmente internacional.
O avivamento de 1905-1909 provavelmente foi precedido de oração e fome espiritual numa escala internacional muito maior do que os avivamentos anteriores. As bênçãos de Deus se derramaram sobre mais países do que em movimentos anteriores.
Mas nunca na história cristã houve um desejo tão intenso pelo avivamento em tantas partes diferentes do mundo e por pessoas das mais diferentes origens denominacionais como há agora!
Com certeza esta fome é o resultado do chamado à oração que o Espírito Santo faz ao povo de Deus. Há mais livros escritos sobre a oração agora do que nunca antes. Organizações e denominações têm convocado seus membros para um ano de oração pelo avivamento como nunca aconteceu antes. Sem dúvida o Espírito Santo está convocando o povo de Deus para se pôr de joelhos. Sem dúvida Ele está guiando Seu povo para se unira Cristo – nosso grande Sumo Sacerdote – no Seu grande desejo e santa determinação de promover um outro grande avivamento. Certamente o próprio Espírito Santo está gemendo em oração hoje por um avivamento na igreja (Rm 8:26).
O Espírito Santo não brinca conosco e com as nossas vidas de oração. Quando Ele nos dá uma fome e um anseio de oração pelo avivamento, Ele mesmo e o nosso querido Sumo Sacerdote intercessor se unem conosco naquele desejo sagrado. A nossa participação não passa de um frágil eco dos anelos profundos e desejos e intercessões da parte Deles. Será que a intercessão Deles será em vão? A chamada à oração que Deus coloca em nossos corações é uma prova de que o Deus triuno está querendo enviar um avivamento. Este é o tempo de Deus.
Por que razão não deveríamos esperar que Deus nos desse um grande derramamento do Espírito Santo antes da segunda vinda do Senhor? Por que não seria este o avivamento mais extenso geograficamente que a igreja jamais conheceu? Com certeza o milênio será o maior de todos os avivamentos. Deus usou os meios de comunicação no passado para ajudar a espalhar a fome, a expectativa e as novas do avivamento. Por que não o faria agora, em dimensões bem maiores nesta época de radio, televisão e comunicação internacional?
Há necessidade de uma intercessão mais eficaz
Mas nós ainda somos muito displicentes e ineficazes nas nossas vidas de oração. Precisamos recrutar muito mais filhos de Deus para uma intercessão séria e eficaz para o avivamento. Provavelmente o maior remorso de milhões de cristãos pela eternidade será de ter falhado tão tragicamente nas suas vidas de oração.
Como se sentirão envergonhados quando se apresentarem diante do trono do julgamento de Cristo. Mas, oh, a alegria daqueles que se despertarem agora e investirem uma quantidade adequada do seu melhor tempo em intercessão fervorosa, particularmente pelo avivamento.
Louvado seja o Senhor pelos Seus avivamentos nos séculos passados. Louvado seja o Senhor porque Ele é o mesmo hoje. Louvado seja o Senhor porque prometeu enviar o avivamento se cumprirmos a nossa parte nas condições estabelecidas. Nós não podemos comprar o avivamento; ele nos é concedido pela graça. Mas podemos participar na preparação do caminho do Senhor, se assim escolhermos.
Faça um novo compromisso de oração com o Senhor. Junte-se ao Deus Filho e ao Deus Espírito na intercessão pelo avivamento. Separe um tempo regular para oração. Caia de joelhos agora e ore.
Extraído de Revival Fire por Wesley Duewel. Copyright 1995 por Wesley Duewel. Publicado com permissão de Zondervan Publishing House.
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