sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Em Busca de uma Geração que vai além

Posted by Angelo Bazzo on 02:26 | No comments

Por: Angelo Bazzo
Você sabia que a mediocridade pode levar mais pessoas para o inferno do que a imoralidade? Você duvida? Pense nisto: as pessoas que vivem em guerra franca contra a santidade de Deus têm mais consciência de seus pecados e fraquezas e, por esse motivo, têm mais chances de responder com arrependimento a um chamado de Deus do que aquelas que se posicionam a favor do Senhor, mas levam uma vida de total mornidão.
Embora extremamente comum na igreja, a mornidão é um estado que não combina nem um pouco com o cristianismo e o chamado de Jesus para segui-lo. É exatamente essa condição que tem gerado, nos nossos dias, “cristãos pela metade”, pessoas que não estão nem doentes nem saudáveis, nem frias nem avivadas, nem fortes nem fracas. Permanecer acomodado nesse status quo pode parecer inofensivo, mas, na verdade, constitui um dos maiores inimigos do povo de Deus, porque paralisa sutilmente o desejo do coração do Pai: que seus filhos vão além.
“Ir além” tem a ver com prosseguir, com caminhada, com jornadas. E Deus é um Deus de jornadas. Ele sempre teve um alvo final e para isso trabalha e tem trabalhado na História com o objetivo de levar-nos a um glorioso fim. Em toda a Escritura, podemos ver convites e alertas de Deus chamando diversos homens, em diversas épocas, para prosseguir e ir além, para chegar à reta final. Veremos agora algumas “tríades” ou “sequências de três” que aparecem em toda a Bíblia e que nos ensinam sobre esse chamado comum a todo cristão.
Os Patriarcas
Deus chamou Abraão para realizar seu desejo eterno de formar um povo. Só que isso não aconteceu na vida de Abraão. Foi necessário vir Isaque e, depois, Jacó. Foi somente em Jacó que as 12 tribos (12 na Bíblia nos fala frequentemente sobre o Reino de Deus) tornaram-se realidade.
Quando pensamos em Abraão, Isaque e Jacó, devemos lembrar que foram, literalmente, um pai, um filho e um neto. Nessa sequência de três gerações, foi somente na geração dos netos que o povo de Israel foi constituído. Se com Israel, naqueles dias, foi assim, entre nós não será diferente. Nada romperá em nossa geração se não estivermos ligados, aliançados com as gerações anteriores. Muitas vezes, o que mais desejamos é romper com o nosso passado, enquanto Deus quer que nos unamos com aqueles que vieram antes de nós a fim de somar as revelações de cada geração anterior com as atuais (Sl 33.11).
Abraão é o exemplo de uma geração desbravadora, que entrou no novo de Deus. Ele é como o pai de um novo mover de Deus na Terra. Assim como ele, houve vários irmãos, alguns que já morreram e outros que estão bem velhos, que iniciaram um novo rumo do mover de Deus no Brasil. Eu poderia citar o nome de muitos aqui, mas desejo apenas que você pense em alguns de 80, 90 e, até mesmo, 100 anos de idade que iniciaram coisas novas em nossa nação e no mundo. Esses foram como um Abraão, deixando de lado tudo o que lhes era comum e partindo para desbravar algo novo.
Já Isaque representa aquela figura que dá continuidade ao trabalho do pai. Ele é mais pacífico, não precisou enfrentar tantas lutas quanto seu pai, pois o caminho já estava mais desbravado. É, também, uma figura de Jesus, porque obedece a tudo o que o Pai falou. Sua missão não foi inventar nada novo, mas obedecer e permanecer naquilo que o Pai lhe ordenara. Da mesma forma, a Geração de Isaque não faz nada novo, mas, com um espírito de obediência e constância, mantém a chama do testemunho acesa.
Finalmente, em Jacó, um homem totalmente perdido, cheio de erros, que não segue o estilo do pai, posso ver a minha geração e, até mesmo, minha própria vida. Os três patriarcas formam uma parábola sobre identidade e geração, pois o nome de cada um tinha um significado ligado à sua missão. Jacó tinha uma identidade toda defasada, com inúmeras falhas, assim como acontece comigo e com a minha geração. Temo-nos perdido em relativismos e homossexualidade. Somos uma geração com mente líquida, sem absolutos, que não sabe relacionar-se com o próximo porque passa horas diante de um televisor.
Porém, há algo interessante na trajetória de Jacó. Em Gênesis 28, vemos como Jacó recebeu a visão da casa de Deus, mostrando a ligação entre o céu e a terra. É obvio que esse neto, totalmente fora do padrão do avô e do pai, não merecia essa revelação; mesmo assim, foi dada a ele por pura graça divina.
No Salmo 24, o salmista fala de uma geração santa que busca a face do Deus de Jacó. Pergunto-me por que Davi não citou “o Deus de Abraão” ou “o Deus de Isaque”? Creio que o motivo de associar Jacó com “santidade”, mesmo sendo ele quem foi, é porque a geração de mãos limpas e coração puro, que vai levantar os portais eternos de suas almas para receber o Rei da glória na segunda vinda, é uma geração que buscará a face de Deus como Jacó buscou. E como Jacó buscou a face de Deus? Até mancar, até ser marcado. Deus quer marcar esta geração atual apesar de ter o passado cheio de erros e falhas, porque, onde abundou o pecado, superabundou a graça.
Somos chamados como geração atual para ir além, sabendo que, mesmo sendo pecadores, somos totalmente amados por Deus. Ele quer nos dar a visão de sua casa, quer que a somemos com a visão e revelação dos nossos pais (aqueles que vieram antes de nós), para que sejamos animados a ir além como geração e buscar a sua face, como Jacó a buscou.
A Geografia Bíblica
Existem três lugares geográficos na história do povo de Israel que, além de aparecerem frequentemente, representam regiões espirituais na nossa jornada pessoal e na caminhada coletiva do Corpo de Cristo. São eles: o Egito, o Deserto e a Terra Prometida.
O Egito representa o mundo e a vida no pecado. Faraó representa aquele que escraviza as pessoas no pecado – Satanás. Após a escravidão no Egito, é preciso passar pelo Deserto, um lugar intermediário entre o Egito e a Terra Prometida. Durante a peregrinação do povo de Deus no deserto, foram-lhe revelados a Palavra de Deus e o modelo do tabernáculo. Apesar de ser um lugar de provação, é no deserto que Deus tem uma oportunidade singular de falar com seu povo.
O destino final é a Terra Prometida. O propósito de sair do Egito é chegar lá. É também o lugar onde a lei (que foi recebida no deserto) deveria ser plenamente vivida. Muitas ordenanças recebidas no deserto não podiam ser praticadas no deserto, como, por exemplo, a celebração da Festa dos Tabernáculos e o estabelecimento do lugar único para cultuar a Deus (Dt 12). A terra é um lugar onde tudo o que foi aprendido no deserto seria praticado, onde Deus reinaria sobre seu povo.
Olhando para essas figuras, costumo me perguntar: em que ponto da minha jornada com o Senhor eu estou agora? Certamente, não estou no Egito, pois o Senhor, nosso Libertador, com mão forte e braço estendido, soberanamente libertou-me da escravidão a Satanás. Mas, tão certo quanto isso, posso afirmar que também não estou vivendo plenamente na prática do Reino. E isso não só se aplica a mim, mas vejo que o povo de Deus em geral também não tem entrado, por completo, na sua herança. Não temos experimentado a plenitude da bênção de Deus como povo; não estamos em avivamento, não temos a “normalidade” da igreja de Atos.
Será que é correto nos contentarmos em ser “livres do pecado”? Alguns não entendem que ser livre do pecado é conhecer apenas 50% da santidade. Ser santo não é apenas ser separado do pecado, mas também ser totalmente separado para Deus. Ser povo de Deus não é só sair do Egito, mas entrar na Terra. Não devemos fazer parte da geração que morreu no deserto. Somos chamados para ir além, para não nos contentar com o deserto ou com a vida nesse mundo, mas para ansiar pelo propósito final: a entrada na Terra Prometida, a prática do Reino de Deus.
O Tabernáculo
Na epístola aos Hebreus, Cristo é revelado como a realidade da qual o tabernáculo era figura. Nossa experiência prática de Cristo tem relação com as três partes do tabernáculo: Átrio, Santo Lugar e Santo dos Santos.
A experiência do átrio fala sobre a nossa conversão. Nele, havia o altar de holocausto, representando a Cruz de Cristo, e a bacia de bronze para os sacerdotes se lavarem, representando o batismo nas águas.
A experiência do Santo Lugar indica o batismo no Espírito Santo e a experiência com a Palavra e a oração. Cada uma dessas experiências é representada por um móvel específico dentro do Santo Lugar. O candelabro continha fogo e óleo, que são figuras do Espírito Santo, e que aponta tanto para o batismo no Espírito, quanto para as demais experiências com os dons. A mesa dos pães representa a experiência com a Palavra, uma vida devocional, o prazer de meditar diariamente na Palavra e ter novas revelações sobre Jesus nas Escrituras. O altar de incenso fala sobre uma vida de intercessão.
Todas essas experiências, por melhores que sejam, são um meio para um fim, não um fim em si mesmas. Poucos cristãos, contudo, encaram-nas dessa forma, e alguns nem mesmo chegam a viver a realidade do Santo Lugar, como o batismo no Espírito Santo ou a verdadeira iluminação da Palavra de Deus. A verdade é que o alvo de Deus é conduzir-nos ao Santo dos Santos. Ele nos chama para ir além, além da conversão, além, também, do batismo no Espírito, além da experiência da Palavra ou da oração como algo em si mesmo. Fomos chamados para ter a experiência do Santo dos Santos – o lugar onde a glória de Deus está. Fomos chamados para ir além da experiência reformada, do encontro com a realidade da cruz e da graça. Fomos chamados para ir além da experiência pentecostal e dos dons do Espírito Santo. A última geração vai descobrir, na prática, a diferença entre a unção do Espírito e a visão da glória de Deus. Precisamos ir além e ver Deus face a face.
As Festas Bíblicas
Outra tríade interessante é das festas do povo de Israel. Deus ordenou que todos subissem três vezes ao ano para Jerusalém para celebrar as festas do Senhor. Se você examinar o significado das três viagens ou celebrações, verá que correspondem às três partes do tabernáculo ou às três experiências na vida cristã.
A primeira viagem do ano era para comemorar a festa da Páscoa, que representava a saída do povo do Egito e, consequentemente, a conversão. A segunda festa, Pentecostes, simboliza a entrega da Lei no deserto e tem relação com o batismo no Espírito Santo (a lei de Deus em nosso coração). A terceira festa, a Festa de Tabernáculos, corresponde à Segunda Vinda de Cristo, quando o tabernáculo de Deus estará entre os homens.
Na história da Igreja, vemos que, após um longo período de decadência, que se estendeu aproximadamente do século 2 ao século 15, Deus restaurou seu testemunho seguindo a ordem das três festas. Com Lutero e os outros reformadores, a realidade da Páscoa foi restaurada por meio da doutrina da justificação. Durante um longo período, a salvação, a graça e a cruz foram enfatizadas. Nos movimentos pentecostal e carismático, especificamente no século 20, houve a restauração da realidade da Festa de Pentecostes. Durante esse período, praticamente todas as denominações foram tocadas pelo Espírito Santo, e voltou a ênfase da primeira igreja no batismo no Espírito Santo, no dom de línguas, de cura e em vários outros.
Hoje em dia, existem igrejas para cada uma dessas festas. As igrejas mais históricas, por exemplo, enfatizam a experiência da Páscoa. Já as igrejas pentecostais, como o próprio nome diz, enfatizam mais as experiências do Pentecostes, com o mover do Espírito. Mas é chegado o tempo de irmos além, de vermos a geração da Festa de Tabernáculos, homens e mulheres que vivem em prol da segunda vinda de Cristo, que anseiam pelo dia em que o tabernáculo de Deus estará entre os homens.
Ir Além no Novo Testamento
Além de todas essas figuras que aparecem no Velho Testamento, encontramos em Filipenses três passagens que mostram claramente esse anseio de Deus, sob três perspectivas diferentes.
Deus nos leva além
“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
Veja que Paulo afirma que Deus começou algo naqueles irmãos, e o próprio Deus os levaria além. Assim, podemos ver por que ir além é tão importante, pois o próprio Deus está indo além. Você quer acompanhá-lo?
O homem indo além
“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13,14).
Temos aqui a biografia de um homem de Deus, o sentimento de um homem cheio do Espírito. O resultado de sua vivência com o Senhor foi tornar-se um homem que, como Deus, estava prosseguindo. Deus estava indo além, e Paulo o estava acompanhando. Muitos cristãos estão totalmente presos ao passado, tentando trazer Deus de volta ao passado para fazer tudo dar certo como no tempo que já passou, enquanto ele está em um novo movimento de sua graça. Isso nos mostra que sempre é tempo de prosseguir, avançando para o alvo.
Deus e o homem, juntos, indo além.
“Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.12,13).
Somos chamados para ir além na nossa salvação, desenvolvendo e crescendo nesse presente que nos foi dado por Deus. E qual o motivo de fazer isso? Porque Deus o está fazendo. Devemos ir além, em nossa salvação, porque Deus está indo além. Essa é uma caminhada conjunta.
Portanto, irmãos, somos chamados, como Jacó, para lutar com Deus em oração a fim de podermos contemplar a sua glória no Santo dos Santos e sermos capacitados para possuir a Terra Prometida – a prática do Reino de Deus. Somente assim, estaremos prontos como povo de Deus para celebração da Festa de Tabernáculos: a Volta de Jesus.
“Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, procurando alcançar aquilo para que também fui alcançado por Cristo Jesus” (Fp 3.12).
Os Patriarcas:    ABRAÃO – ISAQUE  -  JACÓ       
Geografia Bíblica:    EGITO -  DESERTO  -  TERRA PROMETIDA       
O Tabernáculo:    ÁTRIO -  SANTO LUGAR  -  SANTO DOS SANTOS       
As Festas Bíblicas:    PÁSCOA -  PENTECOSTES  -  TABERNÁCULOS

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Posted by Angelo Bazzo on 02:24 | No comments

Todo o Israel Será Salvo – Fundo Profético
O corpo messiânico em Israel acredita unanimemente que “todo o Israel será salvo” (Romanos 11.26). A ideia de que uma nação – Israel – é predestinada a receber um avivamento nacional é um conceito radical. É tão radical que não podemos fundamentá-la em apenas um versículo, mesmo vindo de Paulo (Saulo) o apóstolo. Para podermos acreditar nessa promessa, é preciso que seja um princípio desenvolvido em toda a Escritura.

Foram os profetas antigos de Israel que receberam as primeiras revelações sobre a salvação de Israel. E foi de suas profecias que Paulo recebeu a autoridade bíblica para fazer aquela afirmação ousada de Romanos 11.
Isaías 45.17 – Israel será salvo em YHVH [Iavê ou Jeová], com salvação eterna.
Isaías 45.25 – Em YHVH, toda a descendência de Israel será justiça e louvor.
Isaías 46.13 – Darei salvação a Israel, a minha glória.
Isaías 60.21 – Todos do teu povo serão justos e herdarão a Terra para sempre.
Este último versículo deu base ao ensinamento rabínico de que todos os judeus religiosos têm salvação eterna. “Todo o Israel tem parte no mundo vindouro, como está escrito: ‘Todos os do teu povo serão justos” (Masechet Avot 1.1). A interpretação de que as profecias de Isaías se referem a salvação nacional e eterna tem paralelos na Nova Aliança e no Talmude/Mishná – obviamente, com aplicações bem distintas.

Os outros profetas, especialmente Jeremias, continuaram na mesma perspectiva de Isaías, abrindo, por sua vez, o caminho para a revelação de Paulo em Romanos.
Jeremias 23.6 – Nos seus dias, Judá será salvo.
Jeremias 30.7 – Tempo de grande tribulação para Jacó, mas ele será salvo do meio dela.
Jeremias 31.7 – YHVH salva o teu povo, o remanescente de Israel.
Jeremias 33.16 – Naqueles dias, Judá será salvo.
Os contextos dessas passagens são profecias descrevendo o rei messiânico, a restauração de Israel e a Nova Aliança. Os primeiros capítulos de Jeremias falam sobre o juízo de Deus sobre Israel, enquanto que os últimos capítulos mostram o juízo divino sobre as nações. Bem no meio, há uma seção poética e profética que trata da restauração de Israel. Jeremias 30-33 forma um paralelo a Romanos 9-11, que contém a tese de Paulo sobre a restauração de Israel também.

Jeremias 31.7 afirma que o tempo do avivamento nacional de Israel será durante a grande tribulação. O avivamento de Israel e a tribulação do tempo do fim são concomitantes. Outros profetas continuaram com a mesma percepção, descrevendo igualmente o avivamento de Israel no contexto de tribulação no tempo do fim:
Daniel 12.1 – Tempo de tribulação como nunca houve até então; nesse tempo, o teu povo será salvo.
Joel 2.31-32 – O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia de YHVH... Todo aquele que invocar o nome de YHVH será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento.
Zacarias 12.7 – YHVH salvará primeiramente as tendas de Judá.
A visão de avivamento nacional em Israel no fim dos tempos é confirmada por profetas de todos os períodos em Israel, principalmente os últimos. A raiz da autoridade bíblica para esse conceito vem lá do início, das profecias de Moisés na Torá.
Deuteronômio 33.29 - Feliz és tu, ó Israel, um povo salvo por YHVH.
Não enfatizaríamos a salvação de Israel se fosse apenas um versículo isolado no livro de Romanos. Porém, a restauração de Israel, o remanescente e o avivamento durante a tribulação no tempo do fim são temas centrais nas Escrituras, desde a Torá até a Nova Aliança.

fonte http://www.revistaimpacto.com.br/direto-de-jerusalem-para-sua-caixa-postal-toda-semana

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