Do que adianta as palavras
Se estiverem mortas e guardadas nos livros?
Do que adiantam as frases
Se só são encontradas nas bocas e não nas mãos?
Do que me adianta gastar sonhos em papel e caneta
Se para alguns, eles não passarão da noite passada?
‘Tudo realmente não passou de um sonho’, dirão
Leitores acordam após horas revirando páginas
Não esquecem os textos
Mas permanecem nas placas que dizia sobre o que ser feito
Enquanto pessoas lamentam suas ausências
Eles dormem mortos sobre letras vivas
Matam pela letra, morrem por ela
Mas não vivem por ninguém
Tristeza é ver teorias e idéias ocupando lugar de ações
E a culpa não é delas, idéias não têm culpa
E teorias não são pessoas
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