quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Jonathan Edwards: A Alegria é o Fim da Criação

Posted by Angelo Bazzo on 19:00 | No comments

A Alegria é o fim da criação… porque o objetivo da criação é que a criação possa glorificar [ao Criador].

Ora, o que está glorificando a Deus senão um regozijo na glória que ele próprio revelou? Um mero entendimento das perfeições de Deus não pode ser o fim da criação; pois para ele, tanto não entender, quanto ver e não ser sequer um pouco movido de alegria com a visão, significam a mesma coisa. O maior fim da criação nem mesmo pode ser declarar a glória de Deus para outros; pois declarar a glória de Deus não é bom para nada se não para elevar o gozo em nós mesmos e nos outros para os quais é declarada.

Em outras palavras, não haveria sentido para Deus criar o universo se o maior propósito da criação fosse meramente entender ou declarar suas perfeições. Antes, quando a criação se compraz no entendimento e na declaração de suas perfeições é que Deus recebe mais glória.

Jonathan Edwards
Fonte: www.voltemosaoevangelho.blogspot.com

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

A cruz, o amor de Deus e meus sentimentos.

Posted by Angelo Bazzo on 06:38 | 1 comment


Não sei quanto a você, mas eu tenho constantes variações de humor, e devido a isso penso que Deus ou algo no mundo espiritual mudou e que por isso me sinto mal. Como se aquilo que está dentro de mim determinaria o que ocorre fora de mim.
Tenho algumas percepções da presença de Deus ao meu redor, e quando isso acontece sinto-me confiante do amor divino. Mas quando não estou ciente desta presença, quando tento perceber Deus perto e não consigo, bem é exatamente nesta hora, que penso que Deus não me ama.
Sei que isso é uma forma exagerada de falar. Eu não sinto de forma direta e aberta que não sou amado. São minhas ações que mostram isso. Quando tento melhorar minha devoção para em troca disso ser recompensado, não com suas bênçãos, mas com sua presença, é neste momento que provo não confiar em seu amor.
Mas assim como minhas ações mostram o que de fato penso, as ações de Deus também são provas de seus sentimentos.
Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
Romanos 5.8

O que preciso, e talvez você também, é deixar que a realidade, aquilo que ocorre fora de minha mente, isso molde meu modo de pensar. Que o exterior (a obra de Cristo) molde o interior. O que ocorreu fora de mim, independente de mim, não foi resultado de alguma coisa boa em mim.

Sei que para muitos cristãos isso é obvio. Contudo, o problema é que acreditamos que Deus nos ama independente de nossas obras somente para “justificar-
pela fé”. Falando de forma mal educada, pensamos que Deus nos ama só até entrarmos para a igreja e nos batizarmos, depois disso essa graça se torna algo passado.

É como se pensássemos que seu amor por mim tem relação apenas com o perdão dos meus pecados passados, mas não dialoga com meu presente, com as coisas pequenas ou grandes do meu dia a dia.

É como se Deus tivesse amor por mim só até minha conversão, depois o foco se torna apenas a exigência de que tenho que ama-lo.

Estamos enganados, o mesmo amor que ele me amou no inicio, a mesma forma que ele se apresentou, permanece sendo a forma que ele se apresenta hoje:

Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Romanos 5.10

Basicamente, olhando para esse verso eu entendo que : se Deus me amou quando eu era seu inimigo, logo, MUITO MAIS AGORA ,que estou do lado dele , continuarei sendo amado.

Aquilo que sinto não poderá mudar os fatos ocorridos no calvário, assim como sentir que não existo não faz com que eu deixe de existir.

Sentir que Jesus não morreu na cruz não faz com que ele não tenha morrido, assim como sentir o dia de ontem não ocorreu não  faz com que ele não tenha ocorrido.

É na cruz que Deus prova seu amor por nós.

Sentindo ou não, ele morreu por mim, sentindo ou não, confiemos que ele nos ama, e continuará amando amanhã. Por causa da cruz.

Ângelo

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pensamentos sobre Permanecer em Cristo

Posted by Angelo Bazzo on 12:27 | No comments

Selecionei alguns versos de João 15 para meditar nessa manha e minhas conclusões eu vou tentar escrever aqui.

Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.

Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós.

Isso é um mandamento com promessa, se eu permanecer Ele vai permanecer. Não foi dito para tentar estar, pois já estamos em Cristo, Deus nos colocou em Cristo por sua Graça. Isso não foi obra nossa, é obra de Deus e a glória pertence só a Ele por essa obra maravilhosa. O que nos é pedido é que permanecer onde já estamos… sempre o diabo tenta nos fazer pensar que não estamos em Cristo ou que Deus não está conosco ou em nós. Toda experiência de nossa vida cristã não é uma experiência nossa em primeiro lugar, mas sim uma experiência de Cristo. Ele teve uma história na terra e a medida que permanecermos nele a história dele passa a ser nossa história, ou seja, se permanecermos nele Ele permanece em nós.

Nesse mandamento temos 2 aspectos da obra de Cristo que são o aspecto objetivo e subjetivo.

Aspecto objetivo da obra de Cristo é tudo aquilo que Deus fez fora de nós, independente de nós e que pode ser relatado na história, são fatos históricos imutáveis (pois a história não pode ser mudada, o passado está estabelecido como um fato que permanece, ninguém pode desfazer o passado, no maximo pode tentar ocultar mas isso não significa que não aconteceu), e um fato histórico é que 2000 mil anos atrás Jesus Cristo morreu na cruz, e não somente isso mas quando ele morreu ele nos incluiu nessa morte (o que pode ser chamado de morte “toda inclusiva” ou “obra toda inclusiva” de Cristo) vejamos alguns versos.

Rm 6.5 - Fomos (passado, é fato histórico) unidos com ele na semelhança da sua morte.

Rm 6.6 - Foi (passado, impossível de ser mudado, só muda se Cristo não morreu e os fatos ao seu respeito forem mentira, mas se forem verdade a respeito dele são em relação a nós) crucificado com ele o nosso velho homem.

De forma objetiva, ou seja, dentro da história Deus nos uniu com Cristo, não fomos nós que nos colocamos lá, alguém no colocou lá, esse alguém é Deus.

Não fomos unidos a ele somente na semelhança da sua morte:

Mas também na sua ressurreição (Rm 6.5) - Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição (v.8) Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos (vivemos não somente junto com ele mas nele).

Ef.2,5.6 - Estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;

Cl 2.10-13 – Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos.

De forma objetiva estamos em Cristo e tudo o que pertence a história de Cristo pertence a nós, mas sabemos que a Sua santidade muitas vezes não é a nossa, percebemos tantas vezes que o caráter de Cristo não é o nosso na pratica mas, essa parte de ter a Vida de Cristo, como nossa vida na pratica é o aspecto subjetivo da obra de Cristo.

Objetivo
Deus cumpriu toda sua vontade em Cristo. Estamos em Cristo, ou seja dentro daquele que Deus operou toda sua vontade.

Subjetivo
Cristo esta em nós. Dentro de nós está aquele que cumpriu toda vontade de Deus.
Em nós se cumpre toda vontade de Deus.

Para que o aspeto subjetivo da obra de Cristo se cumpra em nós, ou seja, para que a vida que Jesus viveu seja vivida em nosso corpo é preciso permanecer…

Permanecer é estar firmado em 2 coisas: Palavra e amor

Palavra

Jo 15.7 – Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós. A permanência nas palavras de Jesus nos faz permanecer em Jesus. Permanecer nas palavras não é permanecer obedecendo as palavras, mas sim crendo nelas, a obediência é fruto da fé, só vamos obedecer as palavras de Jesus, se crermos em suas palavras e só vamos crer, se ouvirmos de fato suas palavras (pois a fé vem pelo ouvir da palavra), e permanecermos ouvindo-as. A vida cristã não é uma decisão feita uma vez e deixada para traz, a obra de Cristo não é uma coisa que você usa para entrar na igreja, mas depois passa para coisas mais profundas e interessantes… NÃO NÃO NÃO NÃO… as palavras de Jesus são para serem ouvidas todos os dias, ele mesmo orou “santifca-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. Permanecer nas palavras de Jesus significa permanecer crende que eles são verdades, significa continuar todos os dias com nossa mente voltada para a opinião de Deus ao nosso respeito em Cristo.

Amor

Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se vamos permanecer em Cristo temos que ter firme todos os dias que Deus fala a verdade para nós e que essa verdade diz que Deus nos ama tremendamente e sempre… permanecer no amor é permancer nele pois ele é amor, permanecer no amor é permanecer consciente de que sou amado por Deus e que sua obra de Graça e Amor permanecem eternas.

Acredito que se eu e todos meus irmãos permanecermos sóbrio diante das palavras de Jesus e de seu amor por nós certamente nossa vida frutificará em amor pelas outras pessoas.

O Pai será glorificado se dermos frutos.
O fruto é amor e amar.
Pois amar é o cumprimento da lei.
Quem ama guarda os mandamentos.
Só iremos guardar os mandamentos se permanecermos ligados a videira que nos concede essa doce vida de santidade e obediência conquistada de uma vez por todas em Cristo.
Vamos permanecer em Cristo.

Vamos permanecer onde estamos.

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